Está cada vez mais confusa a política do
governo grego que parece querer fazer do referendo do próximo Domingo um
reforço do seu programa eleitoral em que declarava não aceitar as condições da
Troika para a ajuda financeira sem a qual o futuro da Grécia será um tormento,
ao mesmo tempo que se propõe aceitá-las com alguns pequenos ajustamentos.
É assim a política, feita de truques e de malabarismos
que confundem a percepção das coisas para que, em cada momento, pareçam o que
mais convém, como esta atitude de pedir aos gregos para, no referendo, dizerem
não à aceitação das condições que às “instituições” informam aceitar!
Que a situação da Grécia é desesperada, já
todos entendemos que é, mesmo os que, numa atitude de solidariedade hipócrita,
apoiam uma atitude de ruptura que sabem impossível numa união monetária em que
é imperioso que todos se rejam por regras comuns.
É evidente que a situação grega, além de
desesperada, é insustentável também e que mais o será depois do terceiro
resgate que as circunstâncias mostram ser inevitável.
Não compreendem os leigos como eu nem,
porventura, os especialistas também, como se sairá deste imbróglio que parece
não se resolver como as soluções comuns.
Seria tempo de procurar caminhos novos que
não serão, estou certo, variações daqueles que não levam a lado algum, mas sim
outros que a realidade aponta como os que melhor permitem caminhar num mundo
que cada vez pior resiste aos impactes violentos do consumismo feroz de que a
economia necessita para sobreviver.
Uma questão essencial se coloca neste
momento de todas as dúvidas: será, no referendo do próximo Domingo, o “não” a
resposta a partir da qual tudo recomeça ou a ruptura que afaste a Grécia do
euro e da União Europeia.
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