Ontem, por fim, os clubes profissionais de
futebol decidiram que desejam acabar com as nomeações dos árbitros e regressar
ao sorteio como, desde há muito, o Sporting propõe.
Numa reunião que se dividiu por duas
sessões, o resultado final da votação que foi de 28 votos a favor do sorteio contra
16 dos que o não queriam, não deixa dúvidas quanto ao desejo de
acabar com as nomeações que a tantas polémicas têm dado aso, sobretudo pelos
erros clamorosos ocorridos em jogos nos quais beneficiar uma das equipas
pareceu ser o objectivo.
Curiosamente, pouco antes de conhecidos os
resultados, ainda alguém afirmava na rádio que as
nomeações se iriam manter, com uma certeza porventura igual àquela que teria o
representante do Benfica que abandonou a reunião quando se apercebeu de que resultado da votação não seria o que desejava.
Mas enfim, até posso entender o desespero
de alguém que vê fugir as vantagens que as nomeações lhe poderiam trazer! Ou
votaria a favor delas por que?
Mas que um árbitro, para quem a tarefa é,
simplesmente arbitrar segundo as leis do jogo sejam os contendores quais forem,
se manifeste contra o sorteio, é coisa que já não dá bem para entender sem ter
de considerar outros interesses quaisquer!
Então quais seriam as vantagens das
nomeações quando o último jogo oficial da época, a Taça de Portugal, mostrou
não ser a qualidade o critério que as orienta? Ou será que esse
critério se traduz na nomeação de um árbitro que desceu de “divisão” para o
jogo mais decisivo da temporada?
Mas dizem os derrotados “atenção”, porque
esta é uma escolha que ainda carece da ratificação da Federação Portuguesa de
Futebol!
Esperarão eles que a FPF cometa a
enormidade de contrariar o que os clubes, em grande maioria, decidiram?
Também era o que faltava para que o gato
escondido não fique apenas com o rabo de fora…
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