ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 13 de junho de 2015

DO MAU, O MENOS


Utilizando um expressão que se tornou vulgar, um chavão que, como tantos outros, não significa coisa alguma, é altura de dizer que as sondagens “valem o que valem” e não é facilmente que se tiram conclusões dos valores que apresentam.
Por exemplo, na última sondagem, cujos resultados estão na figura ao lado, nota-se, como sempre, a diferença abissal entre os partidos ditos do “arco da governação”, os quais recolhem mais de dois terços das intenções de voto, e os demais.
Concluir que, apesar da grande proximidade, os portugueses ainda confiam mais no programa do PS, é uma conclusão arrojada demais, não apenas pelo grau de fiabilidade próprio deste tipo de análises como pela ausência de um factor decerto muito importante à distância de alguns meses do acto eleitoral, aquele que quantifique os indecisos que, por certo, muitos ainda haverá. Se os não houvesse, seriam preconceitos e não decisões baseadas na informação o que ditaria quem nos irá governar.
Não me parece, pois, ser possível retirar desta sondagem outras conclusões diferentes das que, mesmo sem ela, todos já saberíamos: que as eleições promoverão, ou não, a alternância do costume, que o PCP e seus satélites são o que são e mais nada, que o BE se afunda e que há pintos que não vão sair da casca. Tudo isto nos cerca de 50% dos cidadãos eleitores que se decidam a votar.
Nada vai além, afinal, da monotonia do costume, sem programas que interiorizem os grandes problemas actuais da Humanidade que não são os de uma economia que esgaça por todas as costuras dos remendos que constantemente lhe fazem, mas sim as consequências dos erros cometidos para a sustentar e que, ano após ano, se constituem problemas cuja resolução se torna mais difícil ou impossível.
Depois de quarenta anos, ainda não foi desta que uma sondagem recolheu a minha opinião. Também a não daria porque a não tenho ainda.
Apenas tomarei uma decisão na hora própria de o fazer, o acto de votar, porque, mais uma vez, poucas dúvidas me restam de que me decidirei pelo “do mau, o menos”! 


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