ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O EURO, A GRÉCIA, MERKEL E OUTRAS MAZELAS DA EUROPA


Desde há muito tempo que a Grécia é o problema maior do “euro”. Talvez logo a seguir ao próprio “euro” que não me parece ter sido pensado da melhor forma, ou da própria União Europeia que me parece nascida mais de um conjunto de interesses egoístas do que de uma vontade real para constituir um espaço que se tornasse homogéneo e orientado para autênticos interesses comuns.
É por isso que os remendos se sucedem nesta “união” feita à pressa, que fez crescer o número de membros e, com isso, os problemas a um ritmo muito superior à sua capacidade ou à vontade de os resolver.
Assim a Europa chegou ao ponto de nem saber muito bem o que é, se está a fortalecer-se se a destruir-se ou, até, se sobreviverá à confusão criada por saídas que podem estar iminentes.
Como foi possível, depois de tantos anos, o que aconteceu e acontece na Europa onde, parece-me, tudo está em causa e é evidente não ser a unidade e a criação de um espaço único o que se procura, onde são os maiores poderes que prevalecem e continua a não ter uma política externa comum?
Por exemplo, no Luxemburgo onde a população de origem não luxemburguesa é já metade da população total e tem tendência a crescer, os nacionais negaram-lhes o direito de participar na vida política do país onde os europeus continuam, assim, tão estrangeiros como quaisquer outros.
A Europa tem um Presidente luxemburguês que reconheceu que, enquanto Primeiro-Ministro do Luxemburgo prejudicou a União e a Grécia pretende que a Europa assuma os custos dos excessos que ao longo de muitas dezenas de anos cometeu, começando pela mentira das contas que apresentou quando se propôs aderir ao euro!
Não me parece que haja maneira de corrigir as distorções nem de esclarecer os equívocos sobre os quais a União Europeia se constituiu, o que não se fará com boas vontades nem cedências mas com princípios e com regras claras que todos devem respeitar e cumprir.
Para culminar, pergunto-me quem manda nesta estranha Europa, quem decide o que fazer, se o Presidente da União se a Senhora Merkel que, para disfarçar, leva o lacaio Hollande pela mão quando assume as decisões que lhe convêm?
Só me pode parecer que, a continuar assim, os problemas da Europa se não resolvem mas se complicam, quem sabe se até serem impossíveis de resolver.


Sem comentários:

Enviar um comentário