Desde há muito tempo que a Grécia é o
problema maior do “euro”. Talvez logo a seguir ao próprio “euro” que não me
parece ter sido pensado da melhor forma, ou da própria União Europeia que me
parece nascida mais de um conjunto de interesses egoístas do que de uma vontade
real para constituir um espaço que se tornasse homogéneo e orientado para autênticos
interesses comuns.
É por isso que os remendos se sucedem nesta
“união” feita à pressa, que fez crescer o número de membros e, com
isso, os problemas a um ritmo muito superior à sua capacidade ou à vontade de
os resolver.
Assim a Europa chegou ao ponto de nem saber
muito bem o que é, se está a fortalecer-se se a destruir-se ou, até, se
sobreviverá à confusão criada por saídas que podem estar iminentes.
Como foi possível, depois de tantos anos, o
que aconteceu e acontece na Europa onde, parece-me, tudo está em causa e é
evidente não ser a unidade e a criação de um espaço único o que se procura,
onde são os maiores poderes que prevalecem e continua a não ter uma política
externa comum?
Por exemplo, no Luxemburgo onde a população
de origem não luxemburguesa é já metade da população total e tem tendência a
crescer, os nacionais negaram-lhes o direito de participar na vida política do
país onde os europeus continuam, assim, tão estrangeiros como quaisquer outros.
A Europa tem um Presidente luxemburguês que
reconheceu que, enquanto Primeiro-Ministro do Luxemburgo prejudicou a União e a
Grécia pretende que a Europa assuma os custos dos excessos que ao longo de
muitas dezenas de anos cometeu, começando pela mentira das contas que apresentou
quando se propôs aderir ao euro!
Não me parece que haja maneira de corrigir
as distorções nem de esclarecer os equívocos sobre os quais a União Europeia se
constituiu, o que não se fará com boas vontades nem cedências mas com
princípios e com regras claras que todos devem respeitar e cumprir.
Para culminar, pergunto-me quem manda nesta
estranha Europa, quem decide o que fazer, se o Presidente da União se a Senhora
Merkel que, para disfarçar, leva o lacaio Hollande pela mão quando assume as
decisões que lhe convêm?
Só me pode parecer que, a continuar assim,
os problemas da Europa se não resolvem mas se complicam, quem sabe se até serem
impossíveis de resolver.
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