Mal vai quando tento entender certas coisas
para as quais não encontro explicações que me deixem satisfeito nem tranquilo.
Tento entender algumas atitudes de “notáveis
criaturas” quando deixam os “poleiros” de onde exibiam o bel-canto que,
sobretudo aos próprios, deslumbrava. Não tanto aos outros, por certo, que os
criticavam e tinham a presunção de cantar melhor do que eles.
São muitas as dissonâncias que causam, as
birras que fazem, as mágoas que carpem e até, por vezes, parecerão estranhos os
novos caminhos que trilham que um “pentecostes” serôdio lhes terá revelado como
os que os levariam à glória.
E tudo quanto defendiam agora atacam com as
ideias que passaram a ser as suas e nos “convertidos” alcançam uma força em que
dificilmente se não crê, até que um dia se esbatem, recolhidos num qualquer
lugar confortável onde pouco convém dar nas vistas.
É a “verdade” que os guia, o sentido do
dever que os move, o bem do povo e do país que lhes pedem o sacrifício que
fazem ao dizer mal do que já foram.
Nem vale a pena falar dos que perdem
eleições e das vantagens que vencê-las sempre trás, porque me lembro mais agora dos
que dentro dos seus próprios partidos perdem privilégios ou neles não conseguem
a dominância que gostariam de ter. Sim, porque para além, sobretudo para além,
das disputas eleitorais entre partidos, nas quais todos acabam a participar para fazer entrega do poder que nunca tiveram, outras há
bem mais duras dentro dos próprios partidos onde ferozmente se
disputam lugares ao sol, situações dominantes, lugares de chefia, lugares em
listas e tantas coisas em que até tirar olhos parece ser atitude que se aceita.
Por isso os partidos são mais unidos e
afinados na oposição e fora dos períodos que antecedem eleições, quando todos
se unem para assaltar o “castelo” que desejam retomar. Depois, a guerra é outra.
De resto e por exemplo, têm ouvido algum
comentador do PS que critique o seu partido?
E se fizer a mesma pergunta relativamente
ao PSD? Por exemplo também. Obviamente...
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