ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 30 de julho de 2015

OS PARASITAS ILUMINADOS


Já a ninguém surpreende que quanto mais se aproximam as eleições mais se insiste em certos temas que, pelo que contêm, podem ser comprometedores para o governo, porque a intenção de quem os aborda não é analisar os problemas que Portugal tenha nem participar no empenhamento de todos para os resolver, mas sim criar uma opinião pública que possa garantir a tal “alternância democrática” que tanto interessa aos partidos e à própria “democracia dos interesses” que, em vez da democracia esclarecida, se instalou e que tantos sacrifícios custa a todos nós que somos quem paga os disparates que, em seu nome, são feitos.
É a atitude das oposições para as quais o governo é sempre o “inimigo” a abater nesta eterna “guerra civil” que acabará por causar fortes danos.
E continuam a querer que pensemos que, democraticamente, depois das eleições as querelas acabam e todos nos vamos empenhar na resolução dos problemas do país. Como poderei pensar que é assim se vejo que outros “interesses” que nada me interessam falam mais alto do que os de todos nós?
E como se não bastassem estes a quem pagamos generosamente os lugares e os privilégios que têm, sejam quais forem os disparates que digam, ainda há os outros iluminados cuja opinião acaba por ser a dominante pelo peso que têm naqueles que, decerto por dificuldades de audição ou de compreensão, sempre precisam de intérprete para entenderem o que seja dito!
E no ruído ensurdecedor dos comentaristas, autênticos parasitas do trabalho que não fazem, se perde o que possa dizer-nos quem algo de importante tenha para nos dizer! É neles que nos habituámos a acreditar. Porque não serão eles a governar-nos?
São os parasitas do trabalho que outros fazem e que jamais procuram a oportunidade de o poder fazer e, assim, por à prova, a “sabedoria” com que parece que falam das coisas!
Obviamente, ninguém gosta de beber do próprio veneno. Por isso se limitam a opinar.
Mas se todos nos habituarmos a observar, a ouvir com atenção e a pensar, tal como é nosso dever para participarmos na democracia em que desejamos viver, todos esses apêndices da “democracia” serão descartáveis, porque não valerão coisa nenhuma.


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