Já a ninguém surpreende que quanto mais se
aproximam as eleições mais se insiste em certos temas que, pelo que contêm,
podem ser comprometedores para o governo, porque a intenção de quem os aborda
não é analisar os problemas que Portugal tenha nem participar no empenhamento
de todos para os resolver, mas sim criar uma opinião pública que possa garantir
a tal “alternância democrática” que tanto interessa aos partidos e à própria
“democracia dos interesses” que, em vez da democracia esclarecida, se instalou
e que tantos sacrifícios custa a todos nós que somos quem paga os disparates
que, em seu nome, são feitos.
É a atitude das oposições para as quais o
governo é sempre o “inimigo” a abater nesta eterna “guerra civil” que acabará
por causar fortes danos.
E continuam a querer que pensemos que,
democraticamente, depois das eleições as querelas acabam e todos nos vamos
empenhar na resolução dos problemas do país. Como poderei pensar que é assim se
vejo que outros “interesses” que nada me interessam falam mais alto do que os
de todos nós?
E como se não bastassem estes a quem
pagamos generosamente os lugares e os privilégios que têm, sejam quais forem os
disparates que digam, ainda há os outros iluminados cuja opinião acaba por ser
a dominante pelo peso que têm naqueles que, decerto por dificuldades de audição
ou de compreensão, sempre precisam de intérprete para entenderem o que seja
dito!
E no ruído ensurdecedor dos comentaristas,
autênticos parasitas do trabalho que não fazem, se perde o que possa dizer-nos
quem algo de importante tenha para nos dizer! É neles que nos habituámos a
acreditar. Porque não serão eles a governar-nos?
São os parasitas do trabalho que outros
fazem e que jamais procuram a oportunidade de o poder fazer e, assim, por à
prova, a “sabedoria” com que parece que falam das coisas!
Obviamente, ninguém gosta de beber do
próprio veneno. Por isso se limitam a opinar.
Mas se todos nos habituarmos a observar, a ouvir com
atenção e a pensar, tal como é nosso dever para participarmos na democracia em que
desejamos viver, todos esses apêndices da “democracia” serão descartáveis,
porque não valerão coisa nenhuma.
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