Quando se trata de escolher pessoas, há que
saber escolher entre quem faça melhor ou pareça saber melhor como o fazer, entre
quem mostra trabalho feito que é mister avaliar sem preconceitos e os que dele
apenas dizem mal para o desqualificar e, desse modo, fazerem parecer melhor o que dizem ir fazer.
Teremos de escolher a referência com que
avaliamos os méritos de cada um, se a dos que se afirmam pelo que fazem se a dos que fazem dos deméritos que apontam aos outros, os méritos que, de outro modo, jamais teriam.
E aproxima-se um momento em que teremos de
fazer uma escolha assim. Será nas eleições legislativas do próximo Outono
quando tivermos de escolher os que nos irão governar por mais quatro anos, pelo
confronto entre o que uns fizeram e o que outros dizem que vão fazer. Porventura sem dizer como!
Estará nas nossas mãos continuar o caminho
que estamos a percorrer ou alterá-lo, na presunção de que, assim, ao destino que
desejamos chegaremos mais depressa.
A experiência que podemos ter de muitas das
escolhas que antes fizemos não é, com certeza, penhor de muito boa consciência na
contribuição que demos para este desígnio maior que é viver melhor e com mais
tranquilidade.
Decerto porque não entendemos bem a
situação ou porque nos deixámos levar por promessas que, depois e pelos
resultados que alcançaram, nos obrigaram a escolher diferente pensando que
escolheríamos melhor, alterámos a escolha na vez seguinte!
E mais uma vez corremos o risco de, por uma
má análise que fizermos da situação em que nos encontramos, escolher mal o rumo
que, em vez de nos levar ao céu, nos pode levar, de novo, às portas do inferno
onde já estivemos.
E de escolha em escolha vamos perdendo o tempo
que cada vez mais escasseia porque são cada vez mais graves as consequências
dos erros que praticamos, sem que vejamos cumpridas as intenções de fazer de
Portugal um melhor país para viver.
Esquecemo-nos das realidades vividas, das
experiências que tivemos, algumas bem dolorosas, por conta de um vanguardismo
irrealista que nos faz crer ser sovinice ou até roubo a sobriedade com que as condições
de vida, cada vez mais degradadas, nos obrigam a viver.
No fervor do clima que sempre é próprio de
momentos eleitorais, pela ansiedade que as dificuldades que vivemos nos
despertam e o encantamento das promessas que são feitas mais aguçam, esquecemos
o bom senso e vamos atrás da ilusão sem nos recordarmos do que a experiência já
nos ensinou e nos deveria lembrar de que “quem se mete por atalhos, mete-se em
trabalhos”.
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