(Nó do Carregado)
Depois de muitas infra-estruturas, sobretudo auto-estradas, das quais temos hoje a clara noção de que se não justificam nem pelo uso que têm, nem pelos custos financeiros excessivos que tiveram e têm ainda nem pelos objectivos de dinamização económica que não conseguiram promover, tornando-se num dos maiores “elefantes brancos” que o governo socrático nos legou pela dívida monstruosa que geraram, causa-me verdadeiros calafrios pensar como seria se outros projectos monstruosos, então idealizados, se tivessem realizado!
Depois de muitas infra-estruturas, sobretudo auto-estradas, das quais temos hoje a clara noção de que se não justificam nem pelo uso que têm, nem pelos custos financeiros excessivos que tiveram e têm ainda nem pelos objectivos de dinamização económica que não conseguiram promover, tornando-se num dos maiores “elefantes brancos” que o governo socrático nos legou pela dívida monstruosa que geraram, causa-me verdadeiros calafrios pensar como seria se outros projectos monstruosos, então idealizados, se tivessem realizado!
Todos sabemos como o sector da Obras
Públicas era o motor potente de uma economia que se tornou virtualmente próspera
mas que acabou na implosão que os seus excessos, inevitavelmente, lhe causaram.
Foi um sucesso enquanto durou.
Foi a árvore das patacas para muita gente que,
depressa, enriqueceu, mas não passou de simples lugares de trabalho para muitíssimos
mais que o desemprego depois lançou na pobreza.
Tornou-se um pesadelo para as instituições
e para as famílias que, de um modo ou de outro, mas sempre com muito
sacrifício, pagam e continuarão a pagar as consequências da megalomania delirante que, pelos
vistos, era a riqueza do país. Ou seria, apenas, a riqueza de alguns?
A maior parte da austeridade que temos
vivido tem as suas causas neste fenómeno que bem pode ser uma amostra de outras
ruínas que acontecerão se os limites que qualquer crescimento necessariamente tem
não forem respeitados.
O tempo provou a dimensão dos erros
cometidos na euforia de um “crescimento” que foi o enriquecimento de alguns mas não passou de desperdício para o
país porque o presente nos mostra como
deveríamos ter sido comedidos e responsáveis, não nos metendo em aventuras que não pudéssemos suportar porque, ficou provado, ninguém,
por nós, leva Portugal às costas!
Entretanto, ninguém deu conta de
insuficiências no aeroporto de Lisboa (a não ser em tempos de greve) que justificassem
a urgência de avançar para a construção do que, a norte ou a sul do Tejo, seria
mais um desastre para a nossa tão sacrificada economia.
Aliás, é isso que diz o Secretário de Estado
das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações, para quem não será necessário
um novo aeroporto durante os próximos cinquenta anos.
NOTA: Portugal está entre os quatro países do mundo com maior densidade de infra-estruturas rodoviárias de classe superior.
NOTA: Portugal está entre os quatro países do mundo com maior densidade de infra-estruturas rodoviárias de classe superior.
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