O
famoso Krugman, prémio Nobel da Economia, tem procurado ser um oráculo nesta
crise global que, desde que a comparou à grande depressão, não tem deixado de
fazer afirmações que a realidade vem, sistematicamente, desmentindo.
Agora
que fala da Grécia que compara com outros países diferentes como a Finlândia, a
Dinamarca e outros do norte da Europa em fim de ciclo, refere o “fracasso” da Espanha
com a sua elevadíssima taxa de desemprego e de Portugal diz “"o país
implementou obedientemente a dura austeridade e está 6% mais pobre do que era
antes".
Parece-me
que o omnisciente Krugman desconhece que a Espanha, mesmo antes da crise, tinha
já um desemprego muito elevado, da ordem dos 13% e que Portugal criou
artificialmente uma riqueza que não tinha, da qual a austeridade que as
circunstâncias impuseram, obrigou a anular.
Portugal,
como qualquer outro país, tem a riqueza que os seus recursos e o seu trabalho
lhe possam granjear mas que os artifícios da economia moderna desvirtuam,
majorando-a artificialmente, habilidade que, naturalmente, tem mos seus limites
que foram largamente ultrapassados.
Ficámos
ricos com o desmantelamento da nossa frota de pesca, com os condicionamentos à
agricultura e outras coisas com que se quis contornar a “condenação” de comer o
pão amassado com o suor do rosto” que a Natureza nos impõe sem dó nem piedade.
Portugal
não está mais pobre. Tem a riqueza que tem mas que pode engrandecer retomando o
esforço que a falsa condição de rico esmoreceu e aproveitando os inúmeros
recursos que desaproveita em, pelo menos, dois terços do seu território.
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