ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 4 de julho de 2015

CONTINUAR FANTASIANDO OU MÃOS À OBRA?


O famoso Krugman, prémio Nobel da Economia, tem procurado ser um oráculo nesta crise global que, desde que a comparou à grande depressão, não tem deixado de fazer afirmações que a realidade vem, sistematicamente, desmentindo.
Agora que fala da Grécia que compara com outros países diferentes como a Finlândia, a Dinamarca e outros do norte da Europa em fim de ciclo, refere o “fracasso” da Espanha com a sua elevadíssima taxa de desemprego e de Portugal diz “"o país implementou obedientemente a dura austeridade e está 6% mais pobre do que era antes".
Parece-me que o omnisciente Krugman desconhece que a Espanha, mesmo antes da crise, tinha já um desemprego muito elevado, da ordem dos 13% e que Portugal criou artificialmente uma riqueza que não tinha, da qual a austeridade que as circunstâncias impuseram, obrigou a anular.
Portugal, como qualquer outro país, tem a riqueza que os seus recursos e o seu trabalho lhe possam granjear mas que os artifícios da economia moderna desvirtuam, majorando-a artificialmente, habilidade que, naturalmente, tem mos seus limites que foram largamente ultrapassados.
Ficámos ricos com o desmantelamento da nossa frota de pesca, com os condicionamentos à agricultura e outras coisas com que se quis contornar a “condenação” de comer o pão amassado com o suor do rosto” que a Natureza nos impõe sem dó nem piedade.
Portugal não está mais pobre. Tem a riqueza que tem mas que pode engrandecer retomando o esforço que a falsa condição de rico esmoreceu e aproveitando os inúmeros recursos que desaproveita em, pelo menos, dois terços do seu território.


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