Uma das acusações do PS ao governo de
Passos Coelho é que, apesar da austeridade, a dívida pública subiu em vez de
baixar, como se esperava que acontecesse!
Mas por que se esperava que a dívida baixasse no
curto prazo se tínhamos que pagar juros altíssimos de uma dívida enorme (superiores a 17%)
pelas quantias muito avultadas com que o governo socialista de Sócrates financiou
as suas loucuras e, naturalmente, um défice orçamental enorme que a faz subir??
Obviamente, tais leviandades produziram uma
falsa sensação de riqueza e bem-estar da qual não poderia resultar senão o
aumento da dívida enquanto não for equilibrada com o controlo das despesas, com o decréscimo do défice orçamental, com
o crescimento económico e com a redução muito significativa das taxas de juro.
Em contrapartida, a austeridade que as circunstâncias nos impuseram geram uma sensação de pobreza que resultou da inevitável sobriedade com que os nossos recursos tiveram de passar a ser usados.
Em contrapartida, a austeridade que as circunstâncias nos impuseram geram uma sensação de pobreza que resultou da inevitável sobriedade com que os nossos recursos tiveram de passar a ser usados.
Hoje, quando Portugal já se financia nos
mercados a taxas de juro inferiores às do próprio resgate financeiro, começa,
finalmente, a decrescer a dívida que, de outro modo, subiria
indefinidamente, em consequência da situação herdada.
Para além disso, a dívida pública é
acrescentada em consequência de alterações na sua contabilização que passa a
incluir valores que antes o não eram. Como se pode ler num relatório do Banco
de Portugal, “o aumento da dívida pública
resulta, assim, da contabilização da dívida destas entidades. Destacam-se os
casos da Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA e da Sagestamo –
Sociedade Gestora de Participações Sociais Imobiliárias, SA, anteriormente
classificadas no setor das SF, e da CP - Comboios de Portugal, EPE, da EDIA -
Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, SA, da Entidade
Nacional para o Mercado de Combustíveis, EPE, e dos Hospitais EPE, que, em
SEC95, estavam classificados no sector das SNF”.
Do efeito conjugado dos fortes decréscimos
das taxas de juro da dívida e os significativos aumentos do PIB, a redução da
dívida pública é agora uma realidade que, em consequência dos valores elevados
que atingiu, levará mais 10 a 15 anos a regressar aos desejados níveis de 60%,
como acontecia antes dos governos socialistas que faliram Portugal!
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