Não me admirou a vitória do não que ontem
aconteceu na Grécia, porque era o mais natural de acontecer. Para além de
outras coisas terá sido, até, a resposta de um povo às “provocações” e ao “terrorismo”
que, dizem os seus governantes, vêm da Europa.
É a bem conhecida estratégia de unir a casa acenando com o perigo que vem de fora, independentemente da medida que o perigo possa ter. E pode ter sido essa a maior razão de ser do "não". Não sei.
A verdade, porém, é que o referendo não
resolveu problema algum mas, por certo, irá apressar o esclarecimento que, em meses, não foi conseguido e o andar das coisas que, seja
qual for o caminho que levem, jamais serão as mesmas, na Grécia e na Europa.
O que vai mesmo suceder eu não sei, como o
não sabem os opinadores oficiais da desinformação maciça com que a comunicação
social nos presenteia quando foca os holofotes num ponto e esquece todos os
demais. Não sabem porque se soubessem todos diriam a mesma coisa e não dizem!
Seja como for, o que sucedeu dará que
pensar mas não me parece crível que esteja a Europa disponível para fazer o que
não pode, assim como a manifestação de força democrática que o referendo possa
ter sido, condicione o que se passará num grupo muito mais vasto que tem
igualmente querer e cuja consulta global seria, essa sim, a manifestação de que
os “democratas” primários se esqueceram.
Agora teremos de esperar para ver o que,
realmente, acontece.
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