ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

DE VOLTA AO MUNDO…


Depois de uns brevíssimos dias fora do ambiente do costume, os quais não foram além de um fim-de-semana alargado durante o qual evitei ler jornais, ver noticiários na televisão ou ter conversas que fossem além de banalidades, regressei ao “doce mundo da confusão” onde parece que nada de bom aconteceu e apenas as “desgraças” são notícia.
Obviamente, quis saber o que se passava com a Grécia, uma das charadas mais idiotas dentre as muitas que a política tem produzido.
Entre o esperado “grexit” e um também provável acordo que nunca poderia estar conforme com as promessas que levaram o Syrisa ao poder e, se possível, menos ainda com o resultado do referendo que alguma cabeça brilhante julgou ser a forma de a Grécia ter mais força para “convencer” a Europa, aconteceu o que uns consideram o melhor para a União Europeia e para a Grécia, outros acham ter sido a humilhação da nação grega e Tsipras não acredita que resolva seja o que for mas que teve de aceitar para evitar uma catástrofe!
E recordei-me do que havia escrito quando o referendo foi anunciado e eu pensei que ele não teria resultado que não conduzisse ao términus da curta carreira política do “amador” Tsipras, pois não vejo como se irá abrigar da tempestade que os ventos que semeou geraram.
Depois de, pelos vistos sem qualquer sucesso, tudo ter feito para que a Rússia o apoiasse, não restou a Tsipras senão a União Europeia com a qual entrou em rota de colisão, pelo que lhe não restava mais do que tentar reduzir os danos de um acordo que aceitasse ou dispor-se ao caos que seria o regresso ao “dracma”, o que muitos economistas gregos pareciam preferir. Não por quaisquer razões que certezas cientificas expliquem mas, apenas, porque “depois da tempestade sempre vem a bonança”. Não se sabe é o que, depois da destruição, o sol terá para iluminar...
Este mundo da política faz-me lembrar aquele idiota que martela a cabeça do dedo para sentir o alívio nos intervalos…
As coisas irão agora precipitar-se e todos nos interrogamos sobre quais serão as “cenas dos próximos capítulos” nesta história que “está para pêras” enquanto outros dramas mais graves se preparam sem que ninguém lhes preste atenção.
Cá por casa acontecia uma entrevista ao Primeiro-Ministro que teve a arte de dominar a impetuosidade da jornalista que o confrontou com as questões mais quentes do momento, mas às quais “deu a volta” de um modo seguro e claro, porventura mostrando ser o político mais esclarecido e determinado dos que por aí andam à caça de poder.
Esperava que fosse o “pontapé de saída” para a refrega dura que a campanha eleitoral vai gerar, mas não o foi de todo!
Na convicção de que, ao contrário do que muita gente pensa, está longe de ter a batalha perdida, Passos Coelho adiou o confronto que, por um pormenor ou outro que não pode deixar de transparecer, creio que será bem mais duro do que esperava.
Duas “novelas” a juntar às muitas que a TVI passa a toda a hora. Uma talvez com um final à vista, a dos gregos, e outra com os capítulos mais quentes adiados até melhor oportunidade.
Hoje espero conhecer as críticas e as previsões dos "sábios" que, infelizmente para todos nós, nunca se dispõem a colocar o muito que sabem ao serviço deste mundo tresloucado que tanto necessita de muito saber para evitar cair no mais fundo do buraco em que se meteu!
Ou aquilo é só palavreado?


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