ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

DEMITE-SE O GESTOR, APARECE A DECLARAÇÃO DE PATRIMÓNIO!



Depois de ter visto o ministro das finanças deliberadamente não responder às perguntas se tinha ou não um compromisso com o Administrador da CGD que escolhera para que não apresentasse a declaração de património a que os gestores públicos são obrigados, seguiu-se um salsifré desusado acerca do assunto, no qual entrou toda a gente, até  ter um fim com uma lei da Assembleia da República a declarar que os gestores da Caixa são gestores públicos.
E o que fica na ideia de quem pensa no assunto é que houve tramóia num caso tão simples como o da nomeação de um gestor, e uma série de atitudes que acabaram por deixar o nomeado mal visto. O que tantas vezes acontece quando se pretende sacudir a água do capote de alguém.
Afinal, fora dispensado da declaração de património ou seria ele quem a não queria fazer?
O Governo fez burrada como qualquer outro também faz, mas terem deixado o nomeado, a quem foram desafiar para uma tarefa importante, como o “mau da fita” que não pretendia fazer o que lhe competia, parece-me uma atitude própria de trapaceiros.
E como nada parecia decidir-se, apesar das afirmações do Presidente da República, das respostas mais ou menos simuladas do Primeiro Ministro e das fugas de Centeno à seringa que lhe picava o rabo, lá teve a AR que fazer a tal lei desnecessária que, naturalmente, incomodou quem culpa não teve das garantias que lhe deram e, por isso, apresentou a demissão.
Só quem não tivesse vergonha o não faria.
A lei apenas foi possível porque o BE votou com PSD e CDS, todos os demais votando contra, incluindo o PS, claro está.
Saiu a geringonça desasada deste episódio burlesco.
Já António Domingues, o “mau da fita”, tinha feito o seu trabalho e até Bruxelas aprovou o seu plano de financiamento da CGE.
É neste momento que, por sua iniciativa, desligado já das suas funções, o homem que, todos diziam, não queria que se soubesse o que tinha, apresenta a tal declaração que levantou tanta celeuma, a tão famosa declaração de património que tanto deu que falar e que alguém lhe terá dado garantias de não ter de apresentar!

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