Será
hoje aprovado na generalidade o Orçamento de Estado para 2017, aquele em que
quero depositar toda a minha esperança, ou não seja, como diz o povo, esta a
última a morrer.
Assim
me agarro, com unhas e dentes, à minha ignorância nestas coisas de orçamentos
de Estado, pois apenas nela pode estar a minha incapacidade de entender o
mistério de poder gastar mais com o menos que se produz.
Uma
coisa, porém, eu entendi, é que o nosso défice vai ficar controlado e será
muito baixinho, apesar da dívida continuar a crescer até valores que só com
muito trabalho e alguma austeridade poderemos suportar. Mas trabalho vejo muito pouco e quanto à austeridade, querem acabar com ela.
Mas
devo ter-me distraído em algum momento em que se tornou regra pagar o défice e
não a dívida e até daquele em que para produzir menos se emprega mais gente, mesmo
quando a nossa productividade é das mais baixas, já que o desemprego baixa
muito mais do que a economia cresce, se é que cresce!
Mas
não sei onde se empregou tanta gente quando os médicos, os enfermeiros, os
polícias, os auxiliares de educação e sei lá quem mais, continuadamente
atribuem o mau estado dos nossos serviços à falta de recursos humanos que,
dizem, são cada vez menos!
Assim
como não percebo que continue a haver desempregados quando há tantas ofertas de
emprego que ninguém aceita.
Não
entendo que haja subsídios seja para o que for sem que lhes corresponda uma
retribuição qualquer em trabalhos de que a comunidade tem necessidade.
Enfim,
eu pensei que este orçamento seria aquele que nunca vi, com ideia novas que
equilibrassem o país com seu orçamento e não os “quadros” do orçamento uns com
os outros.
É
verdade que nunca ninguém pergunta ao ilusionista de onde vem o coelho que tira
da cartola vazia ou a pomba que, saída do nada, aparece na sua mão. Venham de
onde vierem aparecem e pronto!
Então,
por que haverei eu de perguntar a Centeno de onde virão os meios que nos farão
ter mais dinheiro no bolso e faz a economia crescer, mesmo que sinta, no final do
mês, os bolsos mais vazios?
Esta é a arte do ilusionismo.
Esta é a arte do ilusionismo.
Não
me parece que seja assim que se acaba com a austeridade, dando mais dinheiro a
alguns para comprarem o que, pelos impostos indirectos que se inventam, fica
mais caro.
Cada
qual terá o seu modo de fazer as coisas, mas que a austeridade continua,
continua!
É
uma questão de deixar assentar a poeira.
Mas
com esperança eu continuo, não quero deixar que morra.
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