Eu
fico, simplesmente, estupefacto com as notícias que oiço sobre o infeliz
incidente da morte de dois instruendos do curso 127º dos Comandos.
São
práticas de desumanidade aquelas que são relatadas e causaram a morte a dois
militares, mas causaram muito sofrimento inútil em muitos outros.
Parece
haver poucas dúvidas de que os factos narrados são verdadeiros e provam a
ignorância estúpida dos que não sabem como se fortalece o espírito humano, o
que se não faz com as bestialidades inúteis a que obrigaram os instruendos.
Um
bom soldado é aquele que, a par de um corpo são possui um espírito forte e
equilibrado, o que não pode resultar de uma instrução grosseira e cruel como
aquela que as acusações relatam.
Obrigar
a trabalhos forçados com temperaturas anormalmente elevadas e além disso
racionar excessivamente a água de que o corpo necessita para sobreviver,
obrigar homens que se sentem mal a rastejar para a ambulância que os levará
para serem cuidados, obrigar a comer terra e outras coisas que não lembrariam
ao diabo, serão atitudes que esta sociedade pode permitir seja a quem for?
Não
pode, porque ser “comando” não é ser anormal, mas sim alguém que tem um
espírito forte e um corpo treinado mas nunca maltratado até ao ponto de morrer.
Sinceramente,
espero que a Justiça, civil e militar, sejam exemplares no trabalho de
avaliação de culpas que vão fazer e disso resultem as condenações que merecerem,
se é que há condenação que valha a vida de alguém.
Merecem
os “Comandos” que assim aconteça, para que possam continuar a existir estes
homens valentes e de espírito são, capazes de dar, pela Pátria, a vida que a
estupidez lhes não tire!
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