Há
duas coisas que os humanos devem entender e tomar como certo, que o Planeta que
habitam está em constante mutação e que a Humanidade não passa de mais uma de
milhões de espécies de seres vivos que o habitam ou habitaram e, por isso, tal
como teve um começo terá, inevitavelmente, um fim.
Distingue-se
o Homem dos outros seres vivos pelo seu elevado nível de inteligência, muito
superior à de todos os outros que também possuem a própria do seu modo de vida.
Aliás,
a inteligência de uma espécie não passa de ser a capacidade que tem para
reconhecer o meio em que vive e proceder de modo a nele poder sobreviver, evitando
os problemas que lhe possa criar e satisfazendo as suas necessidades
essenciais.
À inteligência
da espécie haverá que associar a capacidade do meio em que vive para fornecer os
“recursos naturais” de que a sua sobrevivência necessita, bem como o “ambiente”
indispensável à sua vida biológica.
Como
exemplo simples poderemos tomar os corais que a elevação da temperatura média
da água do mar está a destruir e mais toda a vida intensa que à sua volta se
desenvolve. É um dos efeitos das alterações climáticas, também elas naturais
mas que o Homem, com a sua actividade económica tem vindo a acelerar demasiado.
Desde
1912 que se formou a teoria da “deriva continental”, segundo a qual o
supercontinente Pangeia, no qual se continha toda a massa sólida emersa da
terra se começou a dividir de modo que, ao longo de pouco mais de 200 milhões
de anos, acabou por dar origem aos diversos continentes que hoje conhecemos,
com as formas e a topografia que possuem.
Atendendo
aos 4.500 milhões de anos de vida da Terra, a constituição dos continentes foi
um processo deveras rápido e nada me diz o que sucedeu antes de Pangeia.
Sabe
a Ciência que os movimentos que levaram até à situação actual não cessaram,
continuando a “deriva” que, ao longo do tempo, vai modificando a Terra, nas
suas formas e no seu clima.
Deve
o Homem tentar conhecer, o melhor que possa, o meio em que vive e viver em
conformidade com o que ele lhe possa proporcionar.
Já
não é novidade que o Homem, numa atitude de egoísmo destrutivo, tem exaurido os
recursos naturais e degradado o ambiente, o que, decerto, lhe encurtará a vida
como espécie.
A
Ciência adverte-o e sugere-lhe procedimentos que cada vez mais considera
urgentes para evitar a catástrofe da Humanidade ou, pelo menos, não façam
piorar uma situação que já é perigosa. Por isso, um dia o Homem terá de mudar
os seus procedimentos, adoptando um tipo de vida menos faustoso para a pequena
parte da Humanidade que obriga os demais a uma austeridade excessiva.
Num
momento em que parece que, no mundo, tudo está a mudar de um modo acelerado, a
Humanidade irá caminhar no sentido que mais convém à sua sobrevivência ou, pelo
contrário, no que mais rapidamente conduzirá à sua destruição?
Será
que a luta do Homem deve ser contra a austeridade inevitável ou para, com a
ajuda da inteligência que tem, nela viver o melhor que puder?
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