ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

QUANDO SE COSPE NA MÃO QUE NOS ALIMENTA…



Pese, embora, o reduzido interesse que esta minha campanha a favor da Terra e da vida humana possa despertar nos meus leitores, não me canso de insistir na necessidade já mais do que urgente para alterar o modo de viver que nos cria problemas cada vez mais difíceis de resolver.
Em finais da década de 60 do século passado, poucos anos depois de ter concluído o meu curso de engenharia que, naturalmente, me havia inspirado a noção de um crescimento económico fulgurante, fui confrontado com as questões graves que os poucos homens avisados de então começaram a colocar sobre questões da maior importância para a Humanidade. Fui um dos que essa campanha conseguiu sensibilizar.
Desde o Clube de Roma com o seu primeiro e célebre relatório sobre os limites do crescimento que apontava os resultados catastróficos do crescimento económico continuado, outros chamaram a tenção para os graves problemas que o mundo enfrentaria e propuseram o crescimento sustentável que constitui a base da “economia ecológica” que poderemos dizer que é aquela que se conforma com as características do meio em que vivemos em vez de exaurir, desnecessariamente, os recursos naturais e degradar o ambiente, tornando-o impróprio para a vida humana.
São diversas as consequências mais notadas da acção do Homem sobre a Natureza que permitiu a sua existência em condições ambientais que, degradadas, a tornarão mais difícil ou, até, impossível, tal com as alterações climáticas, a exaustão de recursos naturais (ver pegada ecológica), a cada vez mais intensa degradação ambiental, o cada vez mais elevado nível de toxicidade dos alimentos, etc.
Tenho seguido atentamente o que se passa, os esforços que alguns fazem para desacreditar os que chamam a atenção para os perigos que se aproximam, e tenho de prestar a maior homenagem a quem se dá ao cuidado de pensar no futuro da Humanidade em vez de se preocupar com o presente confuso a que chegou.
Felizmente, ouvi que Trump, o futuro presidente dos EUA, terá deixado cair a sua teoria conspiratória que o levaria a rasgar o recente Acordo de Paris, porque as evidências não se compadecem com teorias idiotas e irresponsáveis. Oxalá seja verdade.
São cada vez mais e mais preocupantes os avisos das Agências Ambientais por todo o Mundo, aos quais os políticos respondem com artifícios que os não afastam mas conseguem iludir por algum tempo, tornando, deste modo, mais grave a catástrofe inevitável que a Natureza causará em consequência dos desequilíbrios que lhe causaram.
A Comunicação Social noticia hoje que “O relatório sobre qualidade do ar da Agência Europeia do Ambiente (EEA, sigla em inglês) hoje divulgado, refere que, em 2013, a exposição a partículas finas PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto originaram 6.640 mortes prematuras em Portugal.
A situação não é melhor, antes pelo contrário, no total da União Europeia onde, no total dos 28 Estados membros, o número de mortes atribuídos a poluentes atingiu 520.000 em 2013, entre os quais se destacam 73.400 na Alemanha e 66.630 na Itália.
O documento da Agência Europeia do Ambiente apresenta ainda dados de 2013 recolhidos nos Estados membros e analisa as concentrações de partículas inaláveis PM10 e PM2.5, ozono e dióxido de azoto, poluentes que podem causar problemas de saúde, cardíacos, respiratórios e cancro.

A análise efectuada mostra que, em 2014, cerca de 85% da população urbana da UE estava exposta a partículas finas em níveis que afectam a saúde, nomeadamente doenças cardiovasculares, asma e cancro do pulmão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Agência Europeia do Ambiente foi criada em 1990, tem como parceiros todos os países da UE e mais a Noruega, a Islândia, o Liechtenstein, a Suíça e a Turquia.
Tem a sua sede em Copenahaga, Dinamarca.


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