Pese,
embora, o reduzido interesse que esta minha campanha a favor da Terra e da vida
humana possa despertar nos meus leitores, não me canso de insistir na
necessidade já mais do que urgente para alterar o modo de viver que nos cria
problemas cada vez mais difíceis de resolver.
Em
finais da década de 60 do século passado, poucos anos depois de ter concluído o
meu curso de engenharia que, naturalmente, me havia inspirado a noção de um
crescimento económico fulgurante, fui confrontado com as questões graves que os
poucos homens avisados de então começaram a colocar sobre questões da maior
importância para a Humanidade. Fui um dos que essa campanha conseguiu
sensibilizar.
Desde
o Clube de Roma com o seu primeiro e célebre relatório sobre os limites do
crescimento que apontava os resultados catastróficos do crescimento económico
continuado, outros chamaram a tenção para os graves problemas que o mundo enfrentaria
e propuseram o crescimento sustentável que constitui a base da “economia ecológica” que poderemos dizer
que é aquela que se conforma com as características do meio em que vivemos em
vez de exaurir, desnecessariamente, os recursos naturais e degradar o ambiente,
tornando-o impróprio para a vida humana.
São
diversas as consequências mais notadas da acção do Homem sobre a Natureza que permitiu
a sua existência em condições ambientais que, degradadas, a tornarão mais
difícil ou, até, impossível, tal com as alterações climáticas, a exaustão de
recursos naturais (ver pegada ecológica), a cada vez mais intensa degradação
ambiental, o cada vez mais elevado nível de toxicidade dos alimentos, etc.
Tenho
seguido atentamente o que se passa, os esforços que alguns fazem para
desacreditar os que chamam a atenção para os perigos que se aproximam, e tenho
de prestar a maior homenagem a quem se dá ao cuidado de pensar no futuro da
Humanidade em vez de se preocupar com o presente confuso a que chegou.
Felizmente,
ouvi que Trump, o futuro presidente dos EUA, terá deixado cair a sua teoria
conspiratória que o levaria a rasgar o recente Acordo de Paris, porque as
evidências não se compadecem com teorias idiotas e irresponsáveis. Oxalá seja
verdade.
São
cada vez mais e mais preocupantes os avisos das Agências Ambientais por todo o
Mundo, aos quais os políticos respondem com artifícios que os não afastam mas
conseguem iludir por algum tempo, tornando, deste modo, mais grave a catástrofe
inevitável que a Natureza causará em consequência dos desequilíbrios que lhe
causaram.
A
Comunicação Social noticia hoje que “O relatório sobre qualidade do ar da
Agência Europeia do Ambiente (EEA, sigla em inglês) hoje divulgado, refere que,
em 2013, a exposição a partículas finas
PM2.5, a ozono e a dióxido de azoto originaram 6.640 mortes prematuras em
Portugal.
A
situação não é melhor, antes pelo contrário, no total da União Europeia onde, no
total dos 28 Estados membros, o número de mortes atribuídos a poluentes atingiu
520.000 em 2013, entre os quais se destacam 73.400 na Alemanha e 66.630 na
Itália.
O
documento da Agência Europeia do Ambiente apresenta ainda dados de 2013
recolhidos nos Estados membros e analisa as concentrações de partículas
inaláveis PM10 e PM2.5, ozono e dióxido de azoto, poluentes que podem causar
problemas de saúde, cardíacos, respiratórios e cancro.
A
análise efectuada mostra que, em 2014, cerca de 85% da população urbana da UE estava exposta a partículas finas em
níveis que afectam a saúde, nomeadamente doenças cardiovasculares, asma e
cancro do pulmão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A
Agência Europeia do Ambiente foi criada em 1990, tem como parceiros todos os
países da UE e mais a Noruega, a Islândia, o Liechtenstein, a Suíça e a Turquia.
Tem
a sua sede em Copenahaga, Dinamarca.
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