Caiu
o pano sobre uma das mais extraordinárias comédias a que assisti na minha vida.
Será
o início de uma inevitável mudança que o poder instituído quer, ao
transe, evitar ou será um aviso para o mundo da política de que a maioria das pessoas está
farta das manigâncias do costume?
Um
ilustre desconhecido, como que saído do nada, multimilionário da construção
civil, decidiu entrar no processo complicado que é a eleição do Presidente dos Estados
Unidos da América do Norte e venceu. Tornar-se-á no 45º Presidente dos EUA.
Quem
diria que tal seria possível num país onde, na carreira política, tantas são as
barreiras a ultrapassar até chegar a qualquer lado?
Teve
todos os “conhecidos” contra si. Os senhores do costume, do poder e dos
negócios, e mais alguns, as celebridades do cinema, da música, da televisão,
enfim, todos aqueles para os quais uma mudança drástica como a que ele diz que
se propõe fazer, não será coisa que convenha aos seus interesses que ficam em risco.
Curiosamente,
até o próprio partido pelo qual concorreu, o Republicano, praticamente o
repudiou e deixou sozinho na campanha que fez e ele diz ter pago com o seu
próprio dinheiro.
Não
percebi a mensagem que quis fazer passar, os seus grandes projectos para além
da grande muralha na fronteira com o México, quem sabe se para rivalizar com a
da China.
Nem tal me parece ser o mais importante nesta altura em que um
candidato praticamente sem partido e sem um projecto claro e bem definido se
tornou no “homem mais poderoso do mundo”!
Isto
tem um significado profundo, com toda a certeza, e parece ir na senda do que
tem acontecido ou em vias de acontecer por outras bandas, onde os senhores do costume começam a ficar
na mó de baixo.
É,
com certeza, o desencanto pelos políticos tradicionais a causa destas mudanças
que surgem como um grito de desespero dos que se querem livrar de um estilo de
vida enredado em milhões de complicados interesses, mas que não são os seus.
Todos
sentem a necessidade urgente de desfazer a meada emaranhada que está a tornar o
mundo num inferno.
Não
creio que Trump, o novo Presidente dos Estados Unidos, seja o homem da mudança
de que o mundo necessita.
Pareceu-me,
até, que dessa mudança não perceberá ele nada, se é que percebe de mais alguma
coisa para além dos negócios que o enriqueceram.
Mas
há quem aprenda com os erros que comete! Será Trump um desses?
Mas
que alguma coisa vai mudar, isso será inevitável.
Só
teremos de esperar mais um pouco para saber o quando e como.
Mas talvez seja sensato que nos preparemos para grandes complicações até que a poeira que se irá levantar, assente depois.
Mas talvez seja sensato que nos preparemos para grandes complicações até que a poeira que se irá levantar, assente depois.
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