Não foi especificamente dito qual o trato, mas é fácil de entender que será aquele que, interpretado como direitos perante os quais não há deveres, nos levou à tragédia que muitos de nós vivem com esta austeridade a que um excesso de gastos e de custos de “direitos conquistados” nos fez chegar.
Sofro na pele, como muitos portugueses, a dureza dos cortes na pensão que os descontos feitos pelas empresas para as quais trabalhei me deveriam garantir integralmente, do aumento de impostos e da inflação, do que não coloco a culpa nos que, bem ou mal, escolhemos para nos livrar de uma bancarrota anunciada, porque a atribuo aos que, levianamente, geriram mal o país e quase o lançaram num precipício sem fundo.
Não me admiro que Manuel Alegre siga o exemplo de quem, porventura, pense que apenas atitudes de força podem resolver os problemas, pois sei que não consegue ir além de um esquerdismo simplório que ainda não percebeu os sinais dos tempos nem entende a realidade.
Infelizmente, são muitos os que os não entendem ainda.
O mesmo ou semelhante poderia dizer de outros, mas de Mário Soares esperava mais, muito mais.
Sabe este a quem, sei lá porque, chamam o pai da democracia, que as dificuldades do país são reais e que não seria possível a continuação dos desmandos de um “socialismo” esbanjador que ele, um dia, já teve de meter na gaveta e a Guterres levou a afirmar não querer levar Portugal para um atoleiro, aquele para onde Sócrates o atirou!
Curiosamente, foram Soares e Sócrates os mais gastadores e, por isso, mais fizeram aumentar a dívida pública.
Cada um sabe o que faz e por que o faz. Será que desejam atirar o país para o caos que a recuperação exige que seja evitado?
Não digo não haja motivos para reparos na governação que temos, porque também os faço, nem que não compreendo a ansiedade de quem sofre com a austeridade, porque também a sinto. Mas acirrar os ânimos com atitudes como esta? Essa é que não!
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