Não é nova esta ideia da qual, cada vez mais, o bom senso e o conhecimento que temos das coisas nos recomenda o afastamento.
É por isso que devemos cuidar do nosso Planeta que não tem um vizinho que o possa socorrer em caso de necessidade, não tem uma lixeira próxima onde vezar os resíduos que produz em quantidades sucessivamente maiores, não dispõe de ar condicionado que possa ligar ou desligar para equilibrar o clima que rapidamente se altera, não tem um supermercado para o abastecer quando o que produzir não for bastante, porque serão, apenas, os seus mecanismos próprios aqueles de que o nosso mundo disporá para manter os equilíbrios indispensáveis à vida e para produzir o que possa satisfazer as suas necessidades.
É esta a verdade que a comemoração do DIA MUNDIAL DA TERRA pretende que não seja ignorada.
O dia Mundial da Terra foi, pela primeira vez, celebrado nos Estados Unidos nos anos 70 do século passado, tendo como objectivo relembrar a toda a população mundial a necessidade de cuidar da sua casa, do seu mundo do qual ninguém cuidará por si.
Ao longo das últimas décadas tratámos mal do que é nosso, conspurcámo-lo, exaurimos os recursos naturais que nos proporciona, contribuímos para uma mais rápida modificação do clima; a população mundial triplicou e, com ela, aumentou a pobreza e a fome; a produção de alimentos tornou-se insuficiente e a economia mundial entrou em colapso!
Na situação em que o mundo se enncontra, talvez nunca o Dia Mundial da Terra tenha sido tão oportuno de celebrar.
Não o celebraria eu, desta vez, com os modos brandos, seráficos e pedagógicos do costume, mas com um estridente grito de alerta para as terríveis consequências de todos os males que causamos a esta Terra que é nossa e insubstituível!
Algo tem de mudar e já não faltará muito para que isso aconteça. Apenas não sei como mudará, se pela perceção que o Homem tenha dessa inevitabilidade e, assim, pela supressão dos seus maus comportamentos, se pelas catástrofes com que a Natureza agredida responderá ao modo como ele a trata!
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