Este governo tem uma ministra que gere as pastas da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território! Grande mulher esta que, pelos vistos, é capaz de fazer o que nem o Super-Homem seria.
Somos demasiadamente dependentes de bens alimentares porque nem um terço do que comemos nós produzimos. É certo que, pelas suas características territoriais, Portugal não é um país agrícola. Mas pode produzir muito mais do que produz porque já o produziu.
Não seremos o grande produtor de cereais que julgámos poder ser no Alentejo e, nem sequer, poderemos ser grandes produtores de muita coisa. Porém, ainda temos um clima que nos permite produzir tanto que no Resto da Europa se não produz e em épocas que nos permitem sermos bem sucedidos nas “primícias” agrícolas e em outras coisas de que até já somos exportadores mas que teríamos de produzir ainda muito mais. Sei muito pouco de agricultura, mas sinto que está a faltar um trabalho de fundo para que se aproveitem todas as potencialidades agrícolas do país e, mais do que isso, se atenda ás necessidades alimentares dos portugueses.
Quanto ao Mar, Portugal tem, apenas, a maior Zona Económica Exclusiva da Europa, com uma área de mais de 1.700.000 Km2! A importância do Mar é enorme porque nele se situam recursos incalculáveis, importantes para o futuro do mundo. O estudo e o aproveitamento de tais recursos exigem um trabalho enorme de pesquiza que não vejo que esteja a ser feito. Permitirá a Comunidade Internacional o “abandono” de tal riqueza?
Sobre o Ambiente será necessário dizer mais do que referir a sua importância para a vida? Alguma coisa, até bastante, se fez nas últimas décadas em Portugal, num grande esforço que, porém, não esgotou tudo o que há para fazer. Não poderemos descansar neste domínio de tamanha importância. Além de que exige conhecimentos científicos e técnicos alargados e pouco abundantes.
Finalmente o Ordenamento do Território, uma tarefa sempre adiada e mal compreendida neste país desequilibrado! Por ela se ficarão a conhecer “os cantos da casa” e tudo quanto neles possa haver, para depois limpar, decidir como arrumar e como aproveitar tudo aquilo de que se dispõe.
Esta será a diferença entre a vida e a morte de um país que é o mais antigo da Europa!
Será possível sair da crise com um superministério destes? Eu creio que, para coisas tão importantes e decisivas nestas áreas, seriam preferíveis quatro superministros!
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