Num
mundo onde as fronteiras fazem cada vez menos sentido porque nenhum dos grandes
problemas da Humanidade as respeita, os políticos continuam a fingir que as
dominam e os economistas julgam ser macroeconomia a que ignora o meio mundo onde,
em vez de viver, se vegeta.
Mas
os grandes problemas que a Humanidade enfrenta não se podem confinar, sejam os
ambientais, os sociais, os radicalistas ou a crise financeira que, qual
epidemia, alastram a todo o mundo, porque eles atravessam todas as fronteiras,
sejam elas quais sejam.
É
por isso que me confunde a ideia de acreditar no pensamento político redutor
que crê poder resolver os problemas do país à revelia dos problemas do mundo.
O
chavão “bolsos cheios em vez de cofres cheios” é o paradoxo maior na ideia de
reanimar o Estado Social que se não sustenta com cofres vazios, porque é um
requisito liberal que no socialismo não se encaixa.
Por
isso, o programa socialista de António Costa que um liberal imaginou e coordenou
não é mais do que isso, a ilusão de podermos gastar sem preocupações quando a contenção e a solidariedade
são as atitudes certas para ultrapassar a austeridade que a exiguidade de dimensão
mundial impõe.
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