ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

A GRANDE MENTIRA


É em tempos de campanha eleitoral que melhor nos podemos dar conta do que, na realidade, a política é.
A maioria das coisas que oiço dizer causam-me arrepios profundos e, sobretudo, deixam-me preocupado pelas enormidades que muitos dos que deveriam ser os melhores do país, os mais capazes para cuidarem dos destinos da nossa sociedade nestes tempos difíceis que se vivem, se atrevem a dizer como verdades em que devemos acreditar.
Verdades que não resistem a uma análise simples mas sensata da realidade que vivemos mas que, apesar disso, serão aquelas em que muita gente, a maioria dos eleitores, acreditará para tomar a decisão de votar neste ou naquele para lhe entregar o que crê ser a sua quota de poder.
E eu fico a pensar no poder que um povo iludido possa ter quando toma decisões sem estar certo das razões por que o faz, por serem razões que se não baseiam na realidade mas no modo como ela lhe é apresentada, porque não faz um esforço para a procurar ou não tem meios para o fazer. Ficam, por isso, apenas enredados nas mentiras de que os convencem, de tal modo que nem tiram qualquer proveito do muito do que realidades já vividas lhes poderiam ensinar. Esquecem o passado e apenas se deixam deslumbrar pelo milho fácil, aquele que alimenta os pardais.
Mas, infelizmente, já não são, apenas os políticos a fazer o papel de “aldrabões de feira” ou de “ilusionistas de circo” nesta alturas em que, não adianta nega-lo, não é o bem-estar do povo o que mais conta porque, porventura, até nem conta nada para os que apenas olham apenas os seus interesses ou as benesses que este ou aquele vencedor lhe possa proporcionar ao reconhecer o mérito das suas contribuições.
Muitos jornalistas aderiram à mentira global e, no oportunismo a que a concorrência incita, fazem um trabalho de jornalismo manhoso onde é mais importante ser rápido do que reflectido, resulta melhor efabular as coisas do que esclarecer a realidade.
Não vejo por onde andam os grandes jornalistas que se preocupavam com a verdade e, por isso, faziam da leitura do jornal um prazer e uma oportunidade de aprender.
O tempo que perdem a distorcer o óbvio, a autêntica verdade ou até factos dos quais qualquer um de nós se pode aperceber.
Será que neste momento tão importante para o futuro, a grande mentira, uma vez mais, passa a perna à verdade?


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