Naturalmente, não serei capaz de analisar tudo
o que disseram os comentadores que se manifestaram sobre o frente-a-frente
Passos Coelho-Costa e que, em maioria, mas sempre pelas mesmas razões, consideraram
ser Costa o vencedor.
Por isso vou ficar-me pelo que disse Marcelo
Rebelo de Sousa que, tal como a maioria, mas de um modo mais conciso e objectivo,
entendeu ser Costa o vencedor porque esteve
mais ao ataque e foi mais político do que Passos Coelho.
E isto diz-me tudo aquilo que eu, desde há
muito, sei e tantas vezes e de um modo ou de outro já disse: Na
política é mais verdade o que o parece ser do que aquilo que, de facto, o é.
Será mais um daqueles casos em que vale mais o “embrulho” do que aquilo que contém.
Concluo, pois, que entendem os
especialistas de política deste país que ser agressivo, falar mais alto e
interromper o discurso alheio são os procedimentos vencedores, independentemente
do que o “vencedor” diga, da falta de ideias que manifeste ou da falta de
soluções que revele.
Não posso ocultar, como nunca o ocultei, a
pouca consideração que, por estas razões, muitos políticos me merecem.
Menos ainda os que fazem dos seus comentários
um modo de vida sem os riscos que correm os que, melhor ou pior, tentam fazer
alguma coisa.
Mas, independentemente das vitórias ou das
derrotas que, deste modo, se alcancem ou sejam sofridas, será o tempo que dirá
qual foi o que, de facto, venceu! E se a sua “opinião” for a contrária, não
passará de tempo que se perdeu.
Sem comentários:
Enviar um comentário