Apenas me dá que pensar.
Jamais me pronunciei ou, sequer, formei
qualquer juízo quanto à sua inocência ou culpabilidade porque me não compete
fazê-lo. Espero que a Justiça o faça em meu nome e no de todos nós, porque é assim
que deve ser.
Mas, apesar disso, tudo o que tem sido dito acerca
deste caso não pode deixar-me indiferente, seja o que digam os “especialistas”
que se pronunciam nos programas especiais da CMTV ou outros, sejam as
declarações bombásticas do advogado do ex-primeiro-ministro, afinal ainda não
acusado de nada. Como é natural enquanto decorre a investigação. Apenas depois
desta terminada haverá, ou não, acusação. É isto que me diz a lógica de um
ignorante sensato.
As tomadas de posição do Ministério
Público, do Juiz do processo e de tribunais que já foram chamados a
pronunciar-se sobre a prisão preventiva a que Sócrates foi sujeito, só podem
significar que há razões muito fortes para tal, a menos que tudo esteja louco e
este “Marquês” não passe de uma fantochada que ninguém saberia justificar e,
assim, se tornaria numa bronca de consequências imprevisíveis.
Diz o irascível advogado de Sócrates, a
propósito do alívio da medida de coacção que “não há factos, não há provas, não
há acusação”!
Sugerem alguns, entre eles Pacheco Pereira,
pareceu-me que pelo método de dedo no ar, que o processo é político, que a
oportunidade das decisões é política e nada mais do que isso.
Quem terá razão?
Espero, para bem de todos, que seja a Justiça!
Em todo o caso fica-me a interrogação: a que irei assistir dentro de não muito tempo,
a um processo que dignifique a Justiça portuguesa e o Estado português ou a um escândalo indigno até
de um país de bananas? Espero, para bem de todos, que seja a Justiça!
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