Goste-se
ou não das agências de "rating" cujas notações influenciam os
mercados e, deste modo, o preço que pagaremos pelo dinheiro que nos emprestem e
a intenção de investir em Portugal, delas depende, bastante, o nosso futuro próximo
nesta caminhada que, felizmente, começa a ser menos penosa para sair do
"lixo" em que, desde 2011, a nossa economia se tornou.
As
intenções da Standard & Poors ao melhorar recentemente a pontuação que
atribui ao nosso país parecem bastante claras. Colocou Portugal na porta de
saída do “lixo” em que se encontra há muito tempo e considera deixá-lo sair de
lá se a próxima governação se não desviar das políticas seguidas até agora
porque, se tal acontecer, poderá cortar, de novo, a pontuação.
A S&P
justifica a subida de pontuação que acaba de fazer ao facto de “a recuperação económica e a consolidação
orçamental continuarem em linha com as expectativas, colocando o peso da dívida
pública líquida no PIB numa direcção descendente depois de 15 anos consecutivos
de subidas”.
A S&P
prevê, mesmo, que Portugal registe, este ano, uma taxa de crescimento do PIB de
1,7%, superior aos 1,6% esperados pelo Governo.
Quanto
ao défice para este ano, a S&P espera que seja de 3%, um pouco superior ao
esperado pelo Governo que, apesar de tudo, mantém a sua perspectiva de 2,7%,
assim como espera que a dívida pública se situe já em cerca de 115% em 2018.
Numa
economia global que, inapelavelmente, influencia as economias nacionais, o
isolacionismo não é possível sem consequências nefastas, pelo que a conta em
que nos tenham as demais economias e as “agências” que as avaliam é, queiramos
ou não, muito importante.
Tentar
escapar a esta ordem é correr riscos que, como se viu na Grécia, podem conduzir
a situações demasiadamente penosas.
Estas
são umas quantas mais razões para reflectir sobre o modo como votar no próximo
dia 4 de Outubro, nas que talvez sejam as mais importantes eleições depois das
que determinaram o 1º Governo Constitucional, em 1976.
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