ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 19 de setembro de 2015

SAÍMOS OU NÃO DO "LIXO"?


Goste-se ou não das agências de "rating" cujas notações influenciam os mercados e, deste modo, o preço que pagaremos pelo dinheiro que nos emprestem e a intenção de investir em Portugal, delas depende, bastante, o nosso futuro próximo nesta caminhada que, felizmente, começa a ser menos penosa para sair do "lixo" em que, desde 2011, a nossa economia se tornou.
As intenções da Standard & Poors ao melhorar recentemente a pontuação que atribui ao nosso país parecem bastante claras. Colocou Portugal na porta de saída do “lixo” em que se encontra há muito tempo e considera deixá-lo sair de lá se a próxima governação se não desviar das políticas seguidas até agora porque, se tal acontecer, poderá cortar, de novo, a pontuação.
A S&P justifica a subida de pontuação que acaba de fazer ao facto de “a recuperação económica e a consolidação orçamental continuarem em linha com as expectativas, colocando o peso da dívida pública líquida no PIB numa direcção descendente depois de 15 anos consecutivos de subidas”.
A S&P prevê, mesmo, que Portugal registe, este ano, uma taxa de crescimento do PIB de 1,7%, superior aos 1,6% esperados pelo Governo.
Quanto ao défice para este ano, a S&P espera que seja de 3%, um pouco superior ao esperado pelo Governo que, apesar de tudo, mantém a sua perspectiva de 2,7%, assim como espera que a dívida pública se situe já em cerca de 115% em 2018.
Numa economia global que, inapelavelmente, influencia as economias nacionais, o isolacionismo não é possível sem consequências nefastas, pelo que a conta em que nos tenham as demais economias e as “agências” que as avaliam é, queiramos ou não, muito importante.
Tentar escapar a esta ordem é correr riscos que, como se viu na Grécia, podem conduzir a situações demasiadamente penosas.
Estas são umas quantas mais razões para reflectir sobre o modo como votar no próximo dia 4 de Outubro, nas que talvez sejam as mais importantes eleições depois das que determinaram o 1º Governo Constitucional, em 1976.


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