ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

AS CONTAS DE CENTENO


(Sondagem realizada pela Aximage)

Como é habitual dizer as sondagens valem o que valem. Muito, pouco ou mesmo nada? Que sei eu! Mas, daquilo de que me tenho apercebido, as sondagens que hoje conheci condizem bem com o que parece estar a ser a pré-campanha eleitoral.
Como era de esperar, para além da Coligação e do PS não há força política que possa intrometer-se numa disputa que só poderá ter um de dois possíveis vencedores. Se, na realidade, tiver algum!
A coligação tira partido dos resultados económicos e financeiros que começam a ser mais evidentes, depois de um longo período de austeridade que começa a abrandar. Será um caminho de recuperação lento, mas seguro, com a prudência que as circunstâncias recomendam.
É nestas circunstâncias que é bom recordar a velha e sábia máxima de que mais vale ter pouco do que não ter nada!
De facto, não indo a economia mundial por bons caminhos, apesar de todos os vaticínios de recuperação que a realidade teima em desdizer, imprudente seria esperar ser a excepção que o “programa de António Costa” promete!
É um confronto de contas que um tal Centeno diz que a Coligação não sabe fazer mas que a realidade claramente diz que devem ser feitas com muita prudência, o que não parece ser o caso do optimismo que as suas revelam.
Aliás, para além dos exemplos que nos chegam de toda a parte, do que a Grécia não é o único, não passaram assim tantos anos desde que a nossa própria e triste experiência de “novos-ricos” nos atirou para a humilhante condição de protectorado da Troika da qual, depois de muitos sacrifícios que a “ressaca” de uma grande “farra” nos impôs, conseguimos libertar-nos.
Não me parece, pois, que outro caminho senão o da prudência seja o que devamos seguir, numa recuperação controlada porque qualquer deslize pode deitar tudo a perder.
Quando o mar está revolto, os perigos são muitos e, daí, a importância do caminho que se escolha porque tanto nos pode perder na turbulência do mar alto como despedaçar-nos nas rochas da costa da qual não queremos afastar-nos muito. Porque a realidade é vem diversa das contas de Centeno das quais pode dar certa a "prova dos nove" mas que, na realidade, não sabem bem aquilo que somam.


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