(Sondagem realizada pela Aximage)
Como é habitual dizer as sondagens valem o
que valem. Muito, pouco ou mesmo nada? Que sei eu! Mas, daquilo de que me tenho apercebido,
as sondagens que hoje conheci condizem bem com o que parece estar a ser a pré-campanha
eleitoral.
Como era de esperar, para além da Coligação
e do PS não há força política que possa intrometer-se numa disputa que só
poderá ter um de dois possíveis vencedores. Se, na realidade, tiver algum!
A coligação tira partido dos resultados económicos
e financeiros que começam a ser mais evidentes, depois de um longo período de
austeridade que começa a abrandar. Será um caminho de recuperação lento, mas
seguro, com a prudência que as circunstâncias recomendam.
É nestas circunstâncias que é bom recordar a
velha e sábia máxima de que mais vale ter pouco do que não ter nada!
De facto, não indo a economia mundial por
bons caminhos, apesar de todos os vaticínios de recuperação que a realidade
teima em desdizer, imprudente seria esperar ser a excepção que o “programa de
António Costa” promete!
É um confronto de contas que um tal Centeno
diz que a Coligação não sabe fazer mas que a realidade claramente diz que devem
ser feitas com muita prudência, o que não parece ser o caso do optimismo que as suas revelam.
Aliás, para além dos exemplos que nos chegam
de toda a parte, do que a Grécia não é o único, não passaram assim
tantos anos desde que a nossa própria e triste experiência de “novos-ricos” nos atirou
para a humilhante condição de protectorado da Troika da qual, depois de muitos
sacrifícios que a “ressaca” de uma grande “farra” nos impôs, conseguimos
libertar-nos.
Não me parece, pois, que outro caminho
senão o da prudência seja o que devamos seguir, numa recuperação controlada
porque qualquer deslize pode deitar tudo a perder.
Quando o mar está revolto, os perigos são
muitos e, daí, a importância do caminho que se escolha porque tanto nos pode
perder na turbulência do mar alto como despedaçar-nos nas rochas da costa da
qual não queremos afastar-nos muito. Porque a realidade é vem diversa das contas de
Centeno das quais pode dar certa a "prova dos nove" mas que, na realidade, não sabem bem aquilo que somam.
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