Um
artigo de Vasco Pulido Valente que li no Expresso e cuja leitura vivamente
recomendo (coloquei-o na minha página do FB), fez-me lembrar a ideia que há
décadas também tenho da "doença" de que sofre Portugal que nunca se
habituou a viver de si próprio, aproveitando e valorizando os seus recursos
para poder viver deles.
Foi isso que tivemos de aprender a fazer ao longo dos últimos quatro anos com resultados que começam a dar frutos mas que, pelo trabalho que dá, pelo esforço que exige não agrada aos que entendem o "socialismo" como o direito de viver à custa de outros que, como a realidade bem mostrou, se cansaram de nos sustentar.
É por isso que corremos o risco de, muito em breve, voltarmos àquela condição de "resgatados" que, como a História regista, se segue às governações socialistas.
Foi isso que tivemos de aprender a fazer ao longo dos últimos quatro anos com resultados que começam a dar frutos mas que, pelo trabalho que dá, pelo esforço que exige não agrada aos que entendem o "socialismo" como o direito de viver à custa de outros que, como a realidade bem mostrou, se cansaram de nos sustentar.
É por isso que corremos o risco de, muito em breve, voltarmos àquela condição de "resgatados" que, como a História regista, se segue às governações socialistas.
Planear
o futuro que cumpre ao Governo acautelar, tendo em conta todos os factores que
o podem influenciar, sem perder de vista o que se passa no mundo e as suas
repercussões na nossa vida, é cuidado que, infelizmente, não descortino naquilo
a que António Costa chama o “programa de governo do PS” onde a ideia é refazer
o "paraíso" leviano sobre os destroços do esforço louvável dos que recuperaram a
confiança em Portugal.
Depois
de regularizadas as finanças e reposta a confiança que permite o crédito dos
“mercados” aos quais, regularmente, qualquer governo tem de recorrer, é o
momento de rentabilizar o país, valorizar todos os seus recursos e de acabar,
definitivamente, com as benesses a troco de coisa nenhuma porque para a
solidariedade devem todos contribuir com o muito ou o pouco que tenham. A
solidariedade não se faz num sentido só.
Não
devemos regressar aos gastos faraónicos que, pelos vistos, fizeram rica tanta
gente que conta por milhões o que, se o tivessem em tostões, evitaria a fome a
muita gente.
Não
percebo qual é o paraíso que o PS pensa construir no meio deste mundo cheio de
gravíssimos problemas, onde os sucessos de ontem são as derrocadas de hoje
porque não adianta remar contra a forte maré das realidades a que toda a
ganância conduziu.
O
modo de viver tem de ser modificado. Reinventado até, porque este já destruiu
quase tudo.
Por
que será que não oiço discutir essas importantíssimas questões na “campanha
eleitoral” e, muito menos, considera-las nos efeitos das propostas que fazem?
Quando
muito, compreendo as propostas de contenção que, infelizmente, não creio serem
as que entusiasmam muita gente que faz das "conquistas da revolução"
e dos "direitos constitucionais" a sua maior fonte de rendimento.
Por
que será que a já indisfarçável realidade do fim da abastança não preocupa os
eleitores portugueses?
Por
qual razão, como os cataventos, se viram, ora para um lado ora para o outro,
como num autêntico leilão de quem dá mais, e colocam na simples mudança a
esperança de alcançar o que apenas o "maldito" trabalho pode
dar?
Por
comodismo? Decerto!
É
por isso que creio que, desta vez, o pedido de resgate chegará ao fim de menos
de dois anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário