Naquela
leitura que faço todas as manhãs das notícias ao minuto, hoje encontrei sete ou
oito situações (pelo menos) em que Marcelo elogia o governo. Por isto, por
aquilo, sempre coisas menores, elogios não faltam, o que me parece a antítese
do que fazia enquanto comentador e o governo era o do Partido a que pertence.
Até
quanto à Caixa, um escândalo maior do que o BPN ou o BES, Marcelo limita-se a
dizer que fez bem o governo não ter mudado a lei que o BCE invocou para chumbar
alguns nomes que constavam do regimento de nomeados para o “banquete” dos
administradores não executivos. Um assunto que talvez mereça uma reflexão mais
cuidada.
É
pena que, em vez disso, o PR não exija uma análise profunda a tudo quanto se
passou no banco de todos nós onde administradores, sem dúvida
“competentíssimos”, criaram situações de compromissos sem garantias que puseram
o banco de pantanas! Alguns, dos que me constam, são de bradar aos céus.
Quem
terão sido eles?
Como
é possível o maior banco português cair nesta? Porque é fácil fazer o que nos
apetecer ou convier naquilo que, sendo de todos, não é, afinal, de ninguém?
Talvez. Durante algum tempo, o que aconteceu faz-me lembrar a imunidade dos
diplomatas que lhes permite fazer o que quiserem sem que alguém possa
impedi-los.
Quem
são os responsáveis pelo crédito mal parado que todos vamos ter de pagar? Como
vão ser responsabilizados?
Não
vamos ter de pagar os quase 5 mil milhões de que a Caixa necessita? Pois não,
devem cair do céu.
Depois
dizem que é melhor não falar da Caixa para a não desacreditar?
Tudo
está a ser feito para que passem em claro os desmandos cometidos e impunes os
que os cometeram.
Depois,
aquela piada de que a recapitalização não vai afectar o défice… Mas como, se
vai aumentar a dívida externa? Manobras contabilísticas, daquelas de varrer o
lixo para debaixo do tapete.
A
verdade é que nós não pagamos o défice, pagamos a dívida e essa aumenta ao
ritmo de quase um milhão e meio por hora!
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