É
ainda a modos que a medo que se começa a falar de certas coisas e de atitudes
de políticos que não podem deixar-nos tranquilos quanto à razão pelas quais são
tomadas.
Mas
não são já desconfianças, são certezas as que nos permitem algumas que não
podem deixar qualquer dúvida quanto ao que significam.
Além
do mais, ficou para a História que “à mulher de César não basta ser séria…”, o
que bem se pode aplicar a estes “deuses” que tantos veneram.
Por
isso acho piada a uma declaração de Marcelo Rebelo de Sousa, o nosso Presidente,
como a que acabo de ler que, referindo-se ao caso das viagens oferecidas pela
Galp, supostamente uma grande devedora do Estado, a certos políticos para
assistirem a jogos da Selecção Nacional no Euro 2016, as considerou como não
boas para a política por permitirem suspeições.
Marcelo
tem variadíssimas características, até algumas que aos vulgares mortais são
vedadas como, por exemplo, ditar duas ou três cartas ao mesmo tempo enquanto
escreve um artigo para a página dois do Expresso, dormir metade do que a
maioria de nós necessita para se sentir bem, ler dezenas de livros numa semana
cheia de outros afazeres de professor, de comentarista, etc, etc… mas ingénuo é
que não é!
Ingénuos
são os que acreditam na “santidade” de alguns dos que escolhem, ou não, para
nos governar.
O
Presidente não deve ter lido aquele texto sobre corrupção que dizia ser
Portugal o 5º país mais corrupto do mundo! E não terei sido eu nem o meu
vizinho, tal como a maioria dos anónimos que, como eu e o meu vizinho, enchem as ruas,
quem contribuiu para a estatística portuguesa que tal conclusão permitiu
apesar, até, de alguma falta de rigor com que tenha sido feito o divulgado
estudo.
Olhe-se
só para uma investigação em curso que parece não mais acabar e que, a continuar
assim, irá chegar a mais gente de nome do que cabelos ainda conservo na cabeça.
Com tantas pernas, não parece um polvo, parece um ninho de centopeias.
Mas
há formas mais discretas de fazer as coisas como outros, mais inteligentes, poderão ter feito.
Desde
há muitos anos, muitos mesmo, que conheço aquele dito “bom não é ser ministro,
é tê-lo sido”.
E
a melhor interpretação que conheço deste dito que, tal como outros, resultou do
que o povo atento observa, talvez seja a de alguém que aproveita,
instantaneamente, uma desgraça que acontece e pela qual alguém jamais o poderiam responsabilizar,
para se demitir (!), deixando o ministério sem cabeça quando a situação necessitaria de alguém forte para
conduzir as múltiplas acções que a pós-ocorrência impunha, assim como esclarecer
as razões pelas quais aconteceu e nunca chegaram a ser oficialmente reconhecidas, num processo ridículo demais. Mas foi assim...
Obviamente
que era bem melhor outro cargo, que não o de ministro, onde ganharia não sei
quantas dezenas de vezes mais…
Por
exemplo!
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