(os incêndios na Ilha da Madeira já colocam em risco o Funchal - foto DN)
Há quanto tempo estão os responsáveis políticos avisados da gravidade das consequências das alterações climáticas?
Há quanto tempo estão os responsáveis políticos avisados da gravidade das consequências das alterações climáticas?
Saberão
eles o que isto significa? Terão noção de que o último mês de Julho foi o mais
quente dos últimos 80 anos e que Agosto está a ser ainda mais quente, ou os
ares condicionados dos seus gabinetes não lhes permitem aperceber-se desta
realidade, assim como de tantas outras das quais não fazem ideia, também?
Há
muito tempo que os avisos surgiram e se multiplicaram mas, como sempre, os “inteligentes”
da política, aqueles que sempre procuram fazer crer que é o que lhes convinha
que fosse, esperam que a realidade que a Natureza determina se deixe levar nas
suas falácias e acabe por pensar, ela própria, que as coisas não são como são
mas como os políticos querem que sejam.
É
a estultícia idiota levada aos píncaros da estupidez!
Apesar
do que se passa e revela, nos mais variados aspectos, que as alterações em
curso têm consequências graves que devem ser levadas a sério e, por isso,
atempadamente prevenidas, preferem os políticos continuar a pensar que os
problemas são os mesmos e as soluções também, habituados que ficaram de outros
tempos em que a Natureza podia “encaixar”
os seus desmandos nos recursos generosos que proporcionava?
Não
conseguem falar em mais do que “reestruturações” que se não fazem porque, nem
sequer, dizem quais sejam aquelas que a prevenção do futuro exige.
Tornámo-nos
numa sociedade em que as palavras são o único esforço que o Homem faz. Aprendeu com os políticos.
Há
quanto tempo estão os responsáveis avisados de que os recursos iriam escassear
e as tradicionais soluções de fuga para a frente deixariam de ser solução?
Os
estudiosos que, há tanto tempo já, falaram dos “limites do crescimento”, do “choque
do futuro” e de outras coisas, avisaram da vida complicada que teríamos se não mudássemos o
rumo ao nosso modo de viver.
Agora, os homens de Ciência, perante as consequências dos disparates que andámos a fazer e que confirmam os receios antes manifestados pelos estudiosos que os antecederam, já nem colocam de lado a hipótese do desaparecimento da Humanidade como simples espécie que, como tantas outras que já habitaram a Terra, desapareceram em consequência da degradação das condições ambientais de que necessita para se manter.
Não passarão estes estudiosos da terra e da Vida de meros idiotas que os políticos, na sua soberba ignorância desdenham?
Agora, os homens de Ciência, perante as consequências dos disparates que andámos a fazer e que confirmam os receios antes manifestados pelos estudiosos que os antecederam, já nem colocam de lado a hipótese do desaparecimento da Humanidade como simples espécie que, como tantas outras que já habitaram a Terra, desapareceram em consequência da degradação das condições ambientais de que necessita para se manter.
Não passarão estes estudiosos da terra e da Vida de meros idiotas que os políticos, na sua soberba ignorância desdenham?
O
que será o próximo futuro da Humanidade se as mudanças que a “política” prepara não passam do
refinamento das idiotices que temos vindo a fazer?
Em
suma, perante a tragédia imensa que vivemos, será razoável um ministro dizer
que se recusa a avaliar a prevenção de fogos em cima do joelho? Ou deveria
dizer que ela acontece porque, antes, nem em cima do joelho a fez?
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