Neste
tempo em que já para pouco mais se tem préstimo do que para passar o tempo, entreter
netos, porque a mais parecemos estar já nesta sociedade que nos esqueceu, os
dias vão passando iguais quase como se fossem sempre domingo e os feriados para
mais não contam do que para, uma vez por outra, quando queremos despachar certas
obrigações, logo se acertar num deles quando nos dispomos a cumpri-las!
Foi
o que me aconteceu hoje ao tentar ir fazer umas análises de rotina que me
prescreveram.
Levantei-me
cedo para bater com o nariz na porta! E lá terei de repetir a saga amanhã,
porventura com uma bicha enorme dos que chegaram antes de mim, o que atrasa mas
me não livra da espera chata e do momento em que aquela agulha penetra a minha
veia para me sangrar!
E
parece nunca mais chegar a hora do pequeno-almoço.
Mas
serviu o equívoco para me lembrar que hoje é feriado porque a Igreja Católica Romana
celebra a Assunção de Maria, uma acto pelo qual é assumida na Corte Celestial
mesmo sem passar pela morte, porque assim se tornou dogma por iniciativa do
Papa Pio XII “pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos
Apóstolos Pedro e Paulo
e em nossa própria autoridade, pronunciamos, declaramos e definimos como sendo
um dogma revelado por Deus: que a Imaculada Mãe de Deus,
a sempre Virgem Maria, tendo completado
o curso de sua vida terrena, foi assumida, corpo e alma, na glória celeste”.
Já
os Ortodoxos e Católicos Orientais falam de “Dormição de Maria” que celebram,
também a 15 de Agosto.
Os
ortodoxos acreditam que Maria teria tido uma morte natural, que sua alma foi
recebida por Cristo após a morte, que seu corpo foi ressuscitado no terceiro
dia após a morte (depois do túmulo ter sido encontrado vazio) e que ela foi
corporalmente elevada aos céus numa antecipação da ressurreição dos mortos geral.
Muitos
católicos também acreditam que Maria primeiro morreu antes de ser assumida, mas
eles acrescentam que ela foi milagrosamente ressurrecta antes do acontecimento.
Tive
a oportunidade de visitar, na Turquia, próximo de Éfeso, a casa onde se diz ter
vivido Nossa Senhora os seus últimos dias.
Ali
me lembrei da minha querida mãe e honrei todas as verdadeiras mães do mundo a
quem manifesto todo o meu mais profundo respeito.
Mas
deixo a cada um o seu próprio entendimento do que seja a fraternidade
universal, a que advém de sermos TODOS filhos de Deus e irmãos de Cristo, filho
de Maria.
No
nosso coração encontraremos a verdade. Verdade que será se a procurarmos de
mente aberta.
Valerá
a pena, nos tempos que vão correndo, prestar atenção a estas coisas? Parece-me
que valerá mais do que nunca porque o entendimento de quem somos e de qual seja
o nosso papel no mundo cada vez mais se perde, ainda que cada vez mais se torne
necessário entendê-lo. A menos que queiramos passar por este mundo como outra espécie qualquer que um dia apareceu para rapidamente desaparecer.
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