ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

ASSUNÇÃO DE MARIA



Neste tempo em que já para pouco mais se tem préstimo do que para passar o tempo, entreter netos, porque a mais parecemos estar já nesta sociedade que nos esqueceu, os dias vão passando iguais quase como se fossem sempre domingo e os feriados para mais não contam do que para, uma vez por outra, quando queremos despachar certas obrigações, logo se acertar num deles quando nos dispomos a cumpri-las!
Foi o que me aconteceu hoje ao tentar ir fazer umas análises de rotina que me prescreveram.
Levantei-me cedo para bater com o nariz na porta! E lá terei de repetir a saga amanhã, porventura com uma bicha enorme dos que chegaram antes de mim, o que atrasa mas me não livra da espera chata e do momento em que aquela agulha penetra a minha veia para me sangrar!
E parece nunca mais chegar a hora do pequeno-almoço.
Mas serviu o equívoco para me lembrar que hoje é feriado porque a Igreja Católica Romana celebra a Assunção de Maria, uma acto pelo qual é assumida na Corte Celestial mesmo sem passar pela morte, porque assim se tornou dogma por iniciativa do Papa Pio XII “pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e em nossa própria autoridade, pronunciamos, declaramos e definimos como sendo um dogma revelado por Deus: que a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, tendo completado o curso de sua vida terrena, foi assumida, corpo e alma, na glória celeste”.
Já os Ortodoxos e Católicos Orientais falam de “Dormição de Maria” que celebram, também a 15 de Agosto.
Os ortodoxos acreditam que Maria teria tido uma morte natural, que sua alma foi recebida por Cristo após a morte, que seu corpo foi ressuscitado no terceiro dia após a morte (depois do túmulo ter sido encontrado vazio) e que ela foi corporalmente elevada aos céus numa antecipação da ressurreição dos mortos geral.
Muitos católicos também acreditam que Maria primeiro morreu antes de ser assumida, mas eles acrescentam que ela foi milagrosamente ressurrecta antes do acontecimento.
Tive a oportunidade de visitar, na Turquia, próximo de Éfeso, a casa onde se diz ter vivido Nossa Senhora os seus últimos dias.
Ali me lembrei da minha querida mãe e honrei todas as verdadeiras mães do mundo a quem manifesto todo o meu mais profundo respeito.
Mas deixo a cada um o seu próprio entendimento do que seja a fraternidade universal, a que advém de sermos TODOS filhos de Deus e irmãos de Cristo, filho de Maria.
No nosso coração encontraremos a verdade. Verdade que será se a procurarmos de mente aberta.
Valerá a pena, nos tempos que vão correndo, prestar atenção a estas coisas? Parece-me que valerá mais do que nunca porque o entendimento de quem somos e de qual seja o nosso papel no mundo cada vez mais se perde, ainda que cada vez mais se torne necessário entendê-lo. A menos que queiramos passar por este mundo como outra espécie qualquer que um dia apareceu para rapidamente desaparecer.


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