ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

CRIME DE GESTÃO DOLOSA NOS CONTRATOS DAS SCUT?


No âmbito dos seus deveres de defesa do automobilista que como instituição de utilidade pública e de defesa do consumidor lhe competem, o maior clube português, o Automóvel Clube de Portugal (ACP), apresentou uma participação criminal contra ex-governantes, do governo de José Sócrates, que negociaram os contratos das SCUT’s, em consequência dos quais milhares de milhões de euros serão pagos pelos contribuintes!
São visados Paulo Campos, Mário Lino e António Mendonça cuja intervenção nos ditos contratos, o ACP considera atos de gestão danosa que, como tal devem ser investigados e julgados.
O ACP apresentou uma queixa-crime que envolve as concessões lançadas pelo governo Sócrates nos anos 2008 e 2009, oito concessões na sua maioria desnecessárias e deficitárias como, na altura, alguns observadores denunciaram.
Em conjunto com o relatório do Tribunal de Contas sobre “sonegação de informação” e de “contratos paralelos” que o levaram a conceder o “visto prévio” em contratos de seis auto-estradas que, de outro modo, não seriam concedidos, esta queixa-crime do ACP faz pensar numa dimensão de fraudes que um pequeno país como Portugal não poderá suportar.
Nas várias utilizações que, depois da introdução das portagens, fiz da A23, dois aspectos se me tornaram evidentes: o elevado preço das portagens e a fraquíssima utilização da via! Isto torna evidente como o objectivo das SCUT, vias de penetração regional que contribuiriam para o seu desenvolvimento, não passou de uma miragem, senão mesmo de uma desculpa para se fazer uma obra que para a região não trouxe valor acrescentado mas, com certeza, acrescentou valor a alguém.
As malfadadas parcerias publico privadas (PPP) que poderiam ter sido um instrumento adequado para dinamizar a economia e resolver problemas de infraestruras, acabaram por tornar-se numa prática excessivamente apetecida sobre a qual muitas reflexões poderiam fazer-se, as quais, se relacionadas com outros tipos de procedimentos que agitam a Justiça portuguesa por práticas fraudulentas que enriqueceram muita gente, nos poderiam levar a conclusões que apenas à Justiça compete chegar. Esperemos que chegue!

Sem comentários:

Enviar um comentário