ACORDO ORTOGRÁFICO

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domingo, 24 de junho de 2012

A PROPÓSITO DE UM ANO DE GOVERNAÇÃO


Ouvi Paulo Portas e de Pedro Passos Coelho na apreciação de um ano de governo, após uma reunião informal do Conselho de Ministros, no Palácio da Ajuda.  
Pareceram-me razoavelmente claros e objectivos no que disseram, tendo em conta o que pela comunicação social se vai sabendo. Como interessado prestei atenção ao que disseram e como o disseram.
Não sou um apoiante incondicional deste governo que avalio sem preconceitos, como a minha independência mo consente, nem da austeridade que, por necessidade, nos impõe. Tampouco sou dos que acreditam que alguma vez possamos voltar à “prosperidade” que já julgámos viver porque sei que tal não é possível, com razões não cabe nesta hora explicar. Mas tenho a esperança de que melhoraremos em relação às dificuldades que agora sentimos.
Não foram, em meu parecer, discursos que me causassem espanto ou me dessem particular alento quanto ao futuro do país e, de um modo geral, do mundo inteiro. Mas pareceram-me avaliações razoáveis do tempo de governação já passado, com previsões cautelosas para os tempos que estão para vir.
Fiquei, depois, curioso de ouvir os comentários dos “profissionais da crítica” que, já a postos, apenas aguardavam o final para, de jacto, debitarem os seus pareceres. Foram, de um modo geral, o que eu esperava: precipitados, preconceituosos e, até mesmo, deturpadores de alguns pormenores importantes do que foi dito ou do como foi dito, mais me parecendo que debitavam avaliações próprias em vez dos comentários às avaliações que outros fizeram.
Não faltou, mesmo, a piada rasca quando, nos comentários sobre como chegaram os ministros e secretários de estado à reunião, é referido alguém que chegou de motoreta para a tomada de posse e agora, um ano depois, chegou a pé!
Se exportássemos comentadores políticos e humoristas, por certo ultrapassaríamos a crise bem mais depressa. Que mentalidades destrutivas que nós temos!

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