ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 8 de junho de 2012

A REVOLTA DE D JANUÁRIO


Eu não sei se é ele que procura os jornais para derramar o excesso de bilis que o ataca ou se são os jornais que o procuram quando pensam que um despautério à D Januário contribui para dar cor a um número mais desmaiado.
Este Bispo católico que, quando lhe dão a oportunidade, sai em defesa dos fracos e dos oprimidos com atitudes de revolucionário, excedeu-se desta última vez quando responde de modo inusitado, agressivo e patético a um elogio que o primeiro-ministro faz ao povo português pela maneira como, com o seu comportamento, tem ajudado a enfrentar momentos de grandes dificuldades.
Sem qualquer intenção de fazer juízos sobre a governação, de comentar o discurso do primei-ministro nem de avaliar a Igreja a que D Januário pertence pelas atitudes que ele toma, permito-me afirmar que o que disse este iluminado prelado se não enquadra nos princípios católicos que me transmitiram, nos quais a compreensão, a justiça, a paciência, o respeito e outras virtudes mais, me parecem bem distintas das que D Januário revela sempre que destila aquele “ódio” que parece corroê-lo.
Para além da minha mais veemente reprovação pelas atitudes despudoradas que toma, este paladino da justiça social surpreende-me ainda mais quando leio uma notícia que revela ter este “missionário” uma pensão daquelas a que se chamam milionárias! Sua excelência aufere, da Caixa Geral de Aposentações, 4424 euros mensais (Correio da Manhã, 8 de Junho 2012). Afirma ter trabalhado mais do que o normal, até aos 70 anos, e continua a trabalhar de graça desde há quatro anos!!!
Neste país de loucos onde há 800.000 desempregados dos quais muitos sobrevivem graças á caridade e o Presidente da República afirma ter uma pensão que mal dá para as despesas, sobretudo quando a pobre mulher apenas aufere 800 euros por mês, este triste e celibatário servo de Deus que incita à revolta recebe, do que é de todos nós, uma pensão que faria felizes pelo menos dez famílias com filhos. Mais de nove salários mínimos!
Sujeito à lei comum que lhe cortou os subsídios de férias e de Natal o que, no caso de D januário, é muito dinheiro, entende-se bem a sua revolta!

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