Estou a ver um programa na TVI em que jovens que se dizem
pertencer a uma geração preparada como nenhuma outra antes de si, afirmam que
vão sair deste país que não tem para lhes oferecer o que eles merecem!!!
É aqui que me lembro do que muitos consideram um presidente
dos mais marcantes na História dos estados Unidos da América. Em hora de grande
dificuldade, Kennedy pediu aos americanos que não perguntassem o que o país
tinha para lhes dar, mas que pensassem no que poderiam dar ao país que, apenas
assim, ultrapassaria as suas dificuldades.
É uma frase cheia de significado, na qual a ideia de pátria
se insinua, a pátria que somos todos nós e que só poderá ter a dimensão que nós
lhe dermos. Uma afirmação cheia de oportunidade porque releva o valor da
cooperação na tarefa comum e irrevogável de todo e cada um lutar pelo seu país.
Este trabalho de reportagem de alguém que, bem ao jeito
português, engrandece a desgraça e afoga a determinação no choradinho da
pedincha sem nada, em troca, oferecer, é bem o protótipo do fado do infeliz que
coloca nos ombros dos outros a responsabilidade da sua desgraça.
Temos um número cada vez maior de jovens que terminam o seu
curso superior o que, contudo, não é penhor de mais elevado nível de formação
quando cada vez mais se coloca em causa o tratado de Bolonha…
Por outro lado, um recém formado está longe de ser uma valor
seguro, porque lhe falta, ainda, um longo caminho até serem profissionais
competentes. E se, como na reportagem alguém disse, mais vale servir cafés na
Suissa do que ser socióloga em Portugal, é caso para perguntar porque se deu ao
trabalho de fazer o curso.
Não me parece que, deste modo, cheguemos a porto seguro nem
que se consiga recuperar o país a que elegias como esta destroem a esperança.
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