ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 5 de junho de 2012

E PORQUE O PAÍS NÃO PODE DAR MAIS?

Estou a ver um programa na TVI em que jovens que se dizem pertencer a uma geração preparada como nenhuma outra antes de si, afirmam que vão sair deste país que não tem para lhes oferecer o que eles merecem!!!
É aqui que me lembro do que muitos consideram um presidente dos mais marcantes na História dos estados Unidos da América. Em hora de grande dificuldade, Kennedy pediu aos americanos que não perguntassem o que o país tinha para lhes dar, mas que pensassem no que poderiam dar ao país que, apenas assim, ultrapassaria as suas dificuldades.
É uma frase cheia de significado, na qual a ideia de pátria se insinua, a pátria que somos todos nós e que só poderá ter a dimensão que nós lhe dermos. Uma afirmação cheia de oportunidade porque releva o valor da cooperação na tarefa comum e irrevogável de todo e cada um lutar pelo seu país.
Este trabalho de reportagem de alguém que, bem ao jeito português, engrandece a desgraça e afoga a determinação no choradinho da pedincha sem nada, em troca, oferecer, é bem o protótipo do fado do infeliz que coloca nos ombros dos outros a responsabilidade da sua desgraça.
Temos um número cada vez maior de jovens que terminam o seu curso superior o que, contudo, não é penhor de mais elevado nível de formação quando cada vez mais se coloca em causa o tratado de Bolonha…
Por outro lado, um recém formado está longe de ser uma valor seguro, porque lhe falta, ainda, um longo caminho até serem profissionais competentes. E se, como na reportagem alguém disse, mais vale servir cafés na Suissa do que ser socióloga em Portugal, é caso para perguntar porque se deu ao trabalho de fazer o curso.
Não me parece que, deste modo, cheguemos a porto seguro nem que se consiga recuperar o país a que elegias como esta destroem a esperança.

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