Hoje foi dia de, durante as minhas abluções matinais, ouvir
o “fórum” sobre a reforma dos tribunais. Admito que não estava, ainda, suficientemente
esclarecido para ter uma opinião, generalista que fosse, sobre este assunto.
Mais ainda, quando ouvia o bastonário da Ordem dos Advogados
falar de um disparate que uns “betinhos” andavam a fazer, mesmo conhecendo os excessos
de certas atitudes que toma, ficava a pensar que, ao menos, haveria alguma
razão bem séria para estar contra esta reforma. Um bastonário não fala daquele modo
sem ter motivos muito sérios para, além de arrogante, ser inconveniente.
Mas hoje, num fórum no qual, pela natureza da matéria
tratada, o simples recalcitrante, para quem apenas o dizer é a única razão de
intervir, não tinha muito lugar, o fórum foi agradável de seguir. Um ou outro
apareceu, como é inevitável, porque a mudança é sempre difícil de digerir. Aquele
argumento de “desconhecimento do Interior” no qual não vale a pena insistir
porque o Interior é muito desigual, não faz sentido ser invocado quando se
trata de um esquema global de reforma e não de resolução de problemas caso a
caso.
Quando, pelas condições locais, o modelo geral não se
justificar, haverá que alterar essas condições, se tal for possível, ou adoptar
um adequado ajustamento da solução.
Enfim, entendi o que se pretende e, mais do que isso,
reparei na abertura com que a discussão se faz e nas melhorias que, ainda, será
possível introduzir. Afinal, fecham-se “tribunais” sem os fechar, na enorme
maioria dos casos ninguém terá de se deslocar mais do que se deslocava e o
sistema judiciário ganha destreza e o andamento dos processos deverá, até,
ficar mais rápido.
O mesmo não digo da reforma que se fez nas escolas,
sobretudo no ensino básico, a qual impõe a muitas das nossas crianças um sacrifício
por vezes quase desumano e, sem dúvida, desmotivador. Quando se trata de
educar, a questão assume novos aspectos, coloca novos problemas e, por isso,
não pode seguir a regra geral!
Creio que seria bom rever a reforma que se fez!
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