A vitória de Hollande em França e
o acréscimo de popularidade do Partido Siriza na Grécia parecem dar outro
fôlego aos socialistas e à esquerda radical que se empertigam na Assembleia da
República. Tal foi notório na sessão de hoje no Parlamento onde uns e outros
parecem fazer suas as forças dos outros para, mais intempestivamente, fazerem
as críticas do costume, afirmarem alternativas que, uma vez mais, não disseram
quais são e muito menos justificam.
Mas apesar das insistências
agressivas de uns e de outros, às quais o PCP não deixou de acrescentar as
diatribes do costume, foi este último que se decidiu por anunciar uma moção de
censura ao governo que, obviamente, deixou desasado o PS que ontem havia feito
saber que estava a ponderar fazer isso! Uma maroteira que não é novidade como
tentativa para agregar os socialistas à sua moção.
Não fui, ainda, capaz de entender
o que, perante os compromissos que temos de respeitar para que a ajuda
financeira que nos afasta do caos da bancarrota continue e, deste modo,
evitarmos problemas e carências maiores do que os que já temos, as oposições propõem
como solução para voltarmos a viver na ilusória abastança de um passado recente.
Bem me agradaria que fossem capazes de o fazer, mas de um modo sustentável e
não fictício como aconteceu, porque disso tiraria bons proveitos também.
Estranho é que, em vez das
fantasias que pouco sentido fazem e nenhuns objectivos alcançam, factos
importantes que têm marcado os últimos tempos e configuram autênticos crimes
contra a economia portuguesa e, por isso, contra todos nós, não sejam tratados
pelos “representantes do povo” de um modo que exija, para os seus autores, as
punições severas que merecem num julgamento que vá para além do político com
que se escudam.
Sem comentários:
Enviar um comentário