ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 14 de julho de 2014

A CRISE DA CIVILIZAÇÃO. ENTRE MOHAN MUNASINGHE E MÁRIO SOARES…

Convidado para o II Congresso Mundial de História do Ambiente, em Guimarães, Mohan Munasinghe que foi Vice-Presidente para o Painel Intergovernamental Para as Alterações Climáticas das Nações Unidas, alertou para os paralelismos entre a conjuntura global actual e as situações críticas por que passaram as grandes civilizações da história antes do seu desaparecimento.
Diz Munasinghe e notamo-lo todos nós que os problemas tomam hoje uma dimensão global em vez da dimensão restrita do passado, sendo mais complexos os problemas que enfrentamos agora.
Da complexidade dos problemas nos dá ideia o esforço que os “especialistas” têm feito para os enfrentar e, mesmo assim, sem soluções que os resolvam.
É uma ideia que fui criando a observar as sucessivas crises por que a “economia” passou ao longo do tempo que vivi e me deu a noção do limite que, inevitavelmente, alguma vez iria atingir.
Por isso o que diz Munasinghe ma faz recordar as minhas próprias preocupações de há tanto tempo, assim como a noção que tenho de ser a História o grande mestre que nos pode ensinar o que evitar para não repetir erros fatais que tantos danos causaram.
Diz o físico, natural do Sri Lanka que “Se olharmos para a ascensão e queda das civilizações no passado há sempre três factores críticos: a forma como a sociedade está organizada, a forma como a prosperidade é criada e partilhada e o ambiente que suporta todas as actividades sociais e económicas. Chamo-lhe o triângulo do desenvolvimento sustentável. As sociedades que floresceram são capazes de usar os recursos eficientemente e de uma forma sustentável e entram em colapso, habitualmente, por causa do consumo e do uso excessivo de um ou mais recursos”.
Não vale a pena repetir aqui o muito que já disse nestas minhas reflexões e continua disponível no bloque para que sentir a curiosidade de o ler ou recordar.
Limitar-me-ei a citar Mário Soares (!!!), apesar de o considerar um dos mais perigosos instigadores do caminho que seguimos na via da destruição que parece não termos coragem de evitar: “(temo)  o fim da Terra tal como a conhecemos e que devemos ouvir os cientistas que alertam para os riscos que ela corre e são de uma gravidade espantosa!”
E pergunto-me por que os não escuta quando diz os seus disparates.
Vou rir ou vou chorar?
Não vale a pena uma coisa nem outra porque há que aceitar a estupidez humana tal como existe e nada parece ser capaz de erradicar!


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