Convidado para o II
Congresso Mundial de História do Ambiente, em Guimarães, Mohan Munasinghe que
foi Vice-Presidente para o Painel Intergovernamental Para as Alterações
Climáticas das Nações Unidas, alertou para os paralelismos entre a conjuntura
global actual e as situações críticas por que passaram as grandes civilizações
da história antes do seu desaparecimento.
Diz Munasinghe e notamo-lo
todos nós que os problemas tomam hoje uma dimensão global em vez da dimensão
restrita do passado, sendo mais complexos os problemas que enfrentamos agora.
Da complexidade dos
problemas nos dá ideia o esforço que os “especialistas” têm feito para os
enfrentar e, mesmo assim, sem soluções que os resolvam.
É uma ideia que fui
criando a observar as sucessivas crises por que a “economia” passou ao longo do
tempo que vivi e me deu a noção do limite que, inevitavelmente, alguma vez iria
atingir.
Por isso o que diz Munasinghe
ma faz recordar as minhas próprias preocupações de há tanto tempo, assim como a
noção que tenho de ser a História o grande mestre que nos pode ensinar o que
evitar para não repetir erros fatais que tantos danos causaram.
Diz o físico, natural do
Sri Lanka que “Se olharmos para a
ascensão e queda das civilizações no passado há sempre três factores críticos:
a forma como a sociedade está organizada, a forma como a prosperidade é criada
e partilhada e o ambiente que suporta todas as actividades sociais e
económicas. Chamo-lhe o triângulo do desenvolvimento sustentável. As sociedades
que floresceram são capazes de usar os recursos eficientemente e de uma forma
sustentável e entram em colapso, habitualmente, por causa do consumo e do uso
excessivo de um ou mais recursos”.
Não vale a pena repetir
aqui o muito que já disse nestas minhas reflexões e continua disponível no
bloque para que sentir a curiosidade de o ler ou recordar.
Limitar-me-ei a citar
Mário Soares (!!!), apesar de o considerar um dos mais perigosos instigadores
do caminho que seguimos na via da destruição que parece não termos
coragem de evitar: “(temo) o fim da
Terra tal como a conhecemos e que devemos ouvir os cientistas que alertam para
os riscos que ela corre e são de uma gravidade espantosa!”
E pergunto-me por que os não escuta quando diz os seus disparates.
E pergunto-me por que os não escuta quando diz os seus disparates.
Vou rir ou vou chorar?
Não vale a pena uma coisa
nem outra porque há que aceitar a estupidez humana tal como existe e nada
parece ser capaz de erradicar!
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