ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 11 de julho de 2014

A UNIÃO FAZ A FORÇA!

O BES bem pode servir de exemplo ao país onde os desencontros, as desconfianças e as lutas pelo poder causam maiores problemas e maiores danos do que os possíveis erros que o Governo possa cometer, como é natural que qualquer governo cometa.
Um banco que se guindou ao topo da banca privada nacional acaba por sair das mãos da família que o criou e o reergueu mas que, porque se desentendeu, acaba por perde-lo.
As guerras são isto mesmo, eventos estúpidos em que todos acabam por perder, declarando-se vencedor o que menos perde!
No meio de tudo isto, não sei se o BES está bem ou está mal, se é ou não confiável para os seus depositantes, se constitui ou não um risco para as finanças nacionais, se sofre ou não de um mal que pode contaminar a banca europeia porque o Governo e o Banco de Portugal afirmam que está bem. Mas também há quem nisso coloque dúvidas, como ouvi já em programas em que os “analistas” do costume já lhe fazem o réquiem, ao BES e a outros mais  e até os “mercados” se amedrontaram com o que esteja ou pareça que está a acontecer.
Depois de uma crise que, dizem, salvou a banca europeia dos mais efeitos das dívidas institucionais que seriam causa de um desastre sem tamanho, parece que à crise que pareceu salvá-los e ainda persiste se junta a crise da banca que, afinal, se não livrado dos problemas como se julgava.
Esta situação do BES não é uma situação nunca vista. Pelo contrário, é uma situação que se vê, em maior ou menor grau, milhares de vezes nestes tempos de confusão em que nada parecer ser o que é, como nada é o que parece ser! É o desnorte que acontece quando a mentira se traveste de uma verdade difícil de sustentar.
Uma coisa me parece certa, todos procuram que pareça estar bem o que bem não está, esperando que o naipe de mezinhas, supostamente outrora eficazes, façam o efeito que não fazem, curem os males que não curam, resolvam os problemas que continuam por resolver.
Infelizmente, ando há anos a escrever que chegámos ao fundo de uma mina que explorámos depressa demais até quase a exaurir.
Não creio que, mesmo nos longos prazos já estimados para, enfim, possamos começar a melhorar, sejam bastantes para afastar de nós os problemas que esta crise causa.
Não valerá a pena gastar muitas palavras para falar de uma questão que talvez se possa colocar melhor perguntando assim: tem lógica chamar crise a uma doença terminal?
Quando voltaremos a dar ouvidos aos que há muito já nos ensinaram que é a união que faz a força?
Deveríamos por um fim às guerras que nos destroem e, todos juntos, deitar mãos à obra de reconstrução enquanto houver ainda o que reconstruir!



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