(Este mapa mostra a densidade populacional e, bem assim, a desertificação do Interior)
Não há dúvida de que, passado o período de emergência financeira, é hora de lançar mão à enorme tarefa de equilibrar e desenvolver o país como um todo que é.
Não há dúvida de que, passado o período de emergência financeira, é hora de lançar mão à enorme tarefa de equilibrar e desenvolver o país como um todo que é.
Maria Luis Albuquerque,
ministra das finanças, define como prioridade a diminuição da despesa pública considerando-a,
tal como à carga fiscal, excessiva. Por isso, a ministra considera a redução
destas duas cargas um imperativo, com especial tónica na redução da despesa
pública que considerou “uma tarefa que convoca todos”, nomeando especialmente governantes,
autarcas, deputados, dirigentes e trabalhadores do sector público.
Mas eu não deixaria fosse
quem fosse de fora, tampouco o Tribunal Constitucional, porque é hora de agir
com bom senso e total equidade que as múltiplas interpretações que se fazem da
lei não consentem, quer para minimizar os desequilíbrios que abusos e mais
abusos foram estabelecendo ao longo de um PREC que nunca chegou a ter um fim, quer
para distribuir, ponderadamente, os deveres que a todos competem na dura tarefa
de construir um futuro digno do Portugal que dos nossos Maiores herdámos.
É hora de pensar com o
cérebro por inteiro, não apenas com o que conhece as finanças, fazer mais do
que o tira daqui para por ali, acabar com a política do corte e da contestação,
como se tudo na vida se reduzisse a gerir o dinheiro que existe.
E não me venham com os
direitos de uns que os são os outros a pagar! É uma conversa idiota que terá de
acabar.
A vida é muito mais do que
isso, pelo que não será apenas por aí que o futuro se traçará.
Concordo com a ministra
sobre o excesso da carga fiscal e da despesa pública e, por isso, com o esforço
para reduzir ambas. Mas não basta!
A redução da despesa não
pode ficar-se pelos cortes seja do que for porque terá de passar pelo
Ordenamento Global do Território nacional, o que passa por um plano de futuro que
se prende com o anular de outros desequilíbrios e com aproveitamento racional
dos recursos.
Há anos e anos que se não
faz um reforma administrativa digna desse nome neste país. A que vigora, do
tempo do Estado Novo, nunca teve um significado global porque as Províncias, de
facto, nunca o foram, como já nem os Distritos o são.
Em vez disso existem umas
regiões que nem farão grande sentido porque assentam apenas num critério
geográfico mais ou menos horizontal, sem a consideração de parâmetros
económicos e sociais que permitam uma definição criteriosamente ponderada.
Não se criam verdadeiros
polos de desenvolvimento. Pelo contrário, mais parece uma “divisão” para reinar
do que uma organização para rentabilizar um território a que nos damos ao luxo
de ignorar na sua maioria!
Por isso não fazem sentido
os “arranjos” disto ou daquilo, sejam o Mapa Judiciário, o Mapa Escolar, o Mapa
da Saúde ou outros quaisquer, cada qual parido por sua mente brilhante, porque
todos eles deveriam subordinar-se a um critério único que seria o seu
denominador comum mas que, por assim não ser, não mais será do que mais um
divisor entre tantos que temos multiplicado.
A continuar assim, não vamos
passar da cepa torta!
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