ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

AGORA, QUEM APLAUDE?

Enquanto acontecia aquele dramático apelo de um doente com hepatite C que, certamente ajudado por alguém a quem a cena convinha, interrompeu uma sessão de uma comissão em que o ministro da saúde prestava esclarecimentos (como terá chegado até ali?), o Governo continuava as negociações com a farmacêutica que fornece o medicamento milagroso que cura a doença (sovaldi), acabando por conseguir condições que agora permitirão tratar milhares de doentes em vez das poucas centenas que, antes, poderia tratar.
O ministro da saúde esclareceu, numa conferência de imprensa, que foi conseguido um excelente acordo, mesmo melhor do que o conseguido por outros países, a Espanha por exemplo, pelo que lhe foi possível afirmar “Pensávamos tratar algumas centenas de pessoas. Neste momento vamos tratar milhares de pessoas”.
Foi uma batalha dura que, como acontece em todas as batalhas, causou algumas vítimas sem as quais a vitória final se não alcança.
Não as contabilizei mas dei conta de uma senhora que terá morrido sem o tratamento que talvez a salvasse, porque a eficácia do medicamento é de 95%. Em contrapartida, milhares de vidas serão, certamente, salvas.
Duvido que os louvores que este sucesso merece se façam ouvir no mesmo exaltado tom com que as dificuldades antes sentidas foram criticadas.
Por isso eu farei parte dos poucos que agradecem ao Governo português o seu esforço, felizmente bem sucedido, e que permitirá salvar milhares de vidas que, de outro modo, não seriam.
Mas penso que vai prosseguir esta campanha eleitoral ruinosa que, até às eleições, provocará muitos danos, tantos quantos os que os provocam necessitam para tentarem vence-las.
Um país com políticos assim não pode ter um bom futuro!


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