ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

OS SINAIS DA INTELIGÊNCIA


Agora fazem-se estudos por tudo e por nada ou, talvez melhor dizendo, chama-se estudo a qualquer coisa que se faça, da qual se tira uma conclusão qualquer.
É a ânsia de fazer doutores em teses que, em vez de avanços científicos, não vão além de desobrigas.
Quando debutei na investigação contaram-me a anedota da praxe para me fazerem sentir a importância das conclusões que, seja do que for, se possam tirar.
É célebre a daquele “investigador” que amestrou um gafanhoto ao qual mandava saltar e ele saltava.
Resolveu, depois, experimentar se ele saltaria se lhe cortasse uma pata… Cortou e ele saltou!
E continuou o “estudo” cortando patas sucessivamente e reparando que, apesar disso, o gafanhoto saltava.
Até que, quando lhe cortou a última pata, o gafanhoto, ao lhe ser ordenado que saltasse, não saltou. Ficara surdo!
Uma notícia que acabo de ler e fala de um estudo, ou de vários, sobre a inteligência, depois de falar de diversas conclusões curiosas a que "estudiosos" chegaram, termina assim: “Indivíduos com uma melhor oralidade demoram mais tempo a ‘remoer’ em eventos passados e a projectar eventos futuros. Por outro lado, indivíduos com melhores capacidades não-verbais concentram-se apenas em “momentos imediatos”.
Nas amostras analisadas não devem ter entrado políticos cuja capacidade oral é, como todos sabemos, notável mas, mesmo assim, não remoem senão altercações de mau gosto nos seus combates pela conquista do poder e não enxergam para lá do seu umbigo. Quanto ao futuro… nem terão tempo para pensar nele.
Pronto, dei a minha contribuição para o “estudo”!


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