Agora
fazem-se estudos por tudo e por nada ou, talvez melhor dizendo, chama-se estudo
a qualquer coisa que se faça, da qual se tira uma conclusão qualquer.
É
a ânsia de fazer doutores em teses que, em vez de avanços científicos, não vão
além de desobrigas.
Quando
debutei na investigação contaram-me a anedota da praxe para me fazerem sentir a
importância das conclusões que, seja do que for, se possam tirar.
É
célebre a daquele “investigador” que amestrou um gafanhoto ao qual mandava
saltar e ele saltava.
Resolveu,
depois, experimentar se ele saltaria se lhe cortasse uma pata… Cortou e ele
saltou!
E
continuou o “estudo” cortando patas sucessivamente e reparando que, apesar
disso, o gafanhoto saltava.
Até
que, quando lhe cortou a última pata, o gafanhoto, ao lhe ser ordenado que saltasse, não saltou. Ficara surdo!
Uma
notícia que acabo de ler e fala de um estudo, ou de vários, sobre a
inteligência, depois de falar de diversas conclusões curiosas a que "estudiosos" chegaram, termina
assim: “Indivíduos com uma melhor oralidade demoram mais tempo a ‘remoer’ em
eventos passados e a projectar eventos futuros. Por outro lado, indivíduos com
melhores capacidades não-verbais concentram-se apenas em “momentos imediatos”.
Nas
amostras analisadas não devem ter entrado políticos cuja capacidade oral é,
como todos sabemos, notável mas, mesmo assim, não remoem senão altercações de
mau gosto nos seus combates pela conquista do poder e não enxergam para lá do
seu umbigo. Quanto ao futuro… nem terão tempo para pensar nele.
Pronto,
dei a minha contribuição para o “estudo”!
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