ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

EM BREVE SABEREMOS PARA O QUE VAMOS MUDAR…


As ideologias foram devoradas pelos interesses instalados, as ideias limitam-se às estratégias para ganhar eleições.
Então, o que são hoje os partidos políticos? Grupos de interesses organizados por carreiristas que jugam ser a vida as fantasias que constroem nos arrazoados que debitam para iludir os ingénuos que têm paciência para os escutar.
Assim nascem os chavões, as ideias feitas e as palavras de ordem que se inspiram nas mais aperfeiçoadas técnicas de propaganda na qual a verdade não tem, necessariamente, lugar.
Não cabem nestas atitudes preocupações que vão além de um futuro imediato em que a velha utopia de uma vida fácil possa ser, por algum tempo, garantida por decreto. Esboroa-se depois e uma nova era de confusão surgirá, até àquela que parece não haver maneira de reorganizar.
O pior é, sempre, o acordar do sonho tranquilo para o pesadelo da vida onde apenas o trabalho pode conquistar o que nenhuma ideologia ou lei pode dar.
É aí que aparecem os “ladrões” que os novos políticos querem derrotar, para o que constroem novos chavões, definem novas estratégias e “ideias” que semeiam nas mentes entorpecidas por dificuldades cada vez maiores.
Por isso, enquanto não surgirem ideias construídas sobre realidades e não sobre as fantasias enganosas, velhos ou novos partidos políticos apenas diferirão nos argumentos  da estratégia que os conduza ao mesmo fim, a conquista do poder que as vítimas dos apertos de um cinto que não suporta mais furos, em desespero lhes entregarão.
A hipocrisia continuará a ser a atitude que torna a vida vivida tão diferente da realidade que, em breve e por força das circunstâncias, não poderá deixar de se impor. Com as dores que causar, infelizmente.

Parece-me que as coisas estão a evoluir a um ritmo bastante rápido na Grécia, na Ucrânia e um pouco por toda a parte. E, por que não, também em alguns estabelecimentos prisionais cá da terra?


Sem comentários:

Enviar um comentário