Varoufakys, o
novo ministro das finanças grego de que a comunicação social já fez um “sex
symbol”, faz-me lembrar aquela “parábola do filho pródigo” que a Bíblia conta.
De facto, a
Grécia levou já a sua parte da “herança” que desbaratou. Fez dela o que
entendeu, até ficar sem nada! De que poderá queixar-se agora? De não ter à sua
disposição uma nova herança para esbanjar? Não pode nem deve e será, por certo,
por gerações que se contará o tempo em que, por mais solidariedade que
desperte, sofrerá as consequências do forrobodó que foi a sua economia, do modo
de viver indisciplinado do seu povo, de um clima ameno e de uma terra linda que não
convidam nada a trabalhar…
Mas tal não
significa que não seja bem recebida no seu regresso à realidade, porém sem a
presunção de querer mais, ainda mais, como a arrogância do seu novo governo começou
por exigir.
As entradas de
leão têm destas coisas que nos podem levar a ter de baixar a cabeça e a meter o
rabo entre as pernas se, em vez da compostura que a realidade recomenda, fizermos
exigências que o nosso comportamento passado não justifica.
Não vejo com
bons olhos a arrogância das exigências gregas e menos ainda as ameaças e as
chantagens que passaram a ser o seu plano B no qual farão da Rússia, da China
ou dos estados Unidos os seus banqueiros, enquanto verão, como dizem, serem
Portugal e a Itália os próximos a ser esmagados na derrocada do Euro que a
saída da Grécia provocará!
Lembro-me de
muitas atitudes deste tipo ao longo da minha vida que, tanto quanto me lembro,
não deram os frutos que quem as tomou esperava porque, como sempre ouvi dizer “não
é com vinagre que se apanham moscas”.
Espero, por
isso, que o bom senso da Grécia acorde a tempo de evitar as más vontades que a
arrogância sempre suscita e, em vez dela, desperte a vontade de mudanças vantajosas que a todos muito bem
fariam.
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