ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O “ACORDO”


Quando alguém cumprimenta outrem com uma mão no bolso, assim como é vulgar faze-lo o grego Varoufakis, não é decerto gente de boas maneiras que possa invocar para não responder à pergunta se Portugal e Espanha teriam estado contra o “acordo”, deixando no ar uma dúvida que talvez pretenda fazer esquecer a posição da Grécia em 1986, quando exigiu da Europa uma contrapartida financeira de quase 2.000 milhões para não vetar a entrada dos países ibéricos!
Diz-se, agora, que conseguiu um acordo por quatro meses, o qual, contudo, se não sabe ainda o que será. Na próxima semana o saberemos.
Apenas sabemos que não é uma extensão de empréstimos sem condições, que não fará da enorme dívida grega “obrigações sem prazo que o BCE compraria”, que não incluirá um segundo perdão de dívida de 100.000 milhões como em 2012, que não acabará com a austeridade na Grécia, que não elevará as pensões dos gregos e não reintegrará os funcionários públicos dispensados, como não será outras coisas que fariam a “revolução grega” mudar radicalmente a Europa como foi promessa do Syrisa.
Depois metem-se de permeio questões de dignidade que me parece ninguém saber o que seja mas sim aquilo que conviria que fosse. Mas não é!
E temos a maioria dos portugueses a pensar que defendem uma causa de gente explorada quando, na realidade, se trata de gente cuja intenção é explorar ainda mais.
Esquecem-se de que os gregos apresentaram contas erradas para poderem ser admitidos na zona euro, invocam perdões de dívida de outros esquecendo o eles tiveram, falam de crise humanitária que eles próprios provocaram no país desorganizado que são.
Quem espera que esta Grécia faça diferente no futuro?
A Grécia é o que é e assim terá de viver.
Deixem a Grécia viver a sua vida e nós vivamos a nossa. A Grécia não poderá continuar a viver à custa dos outros porque tal seria, isso sim, uma enorme INDIGNIDADE!
De resto, pode sempre contar com a Cristinne...


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