Nos campeonatos do mundo que decorrem em
Pequim, naquele Estádio Olímpico a que chamam “O Ninho”, uma atleta portuguesa
praticante de Judo e muito conhecida pelas suas inúmeras vitórias, foi
desclassificada por ter cometido uma falta grave que o controlo visual directo do
combate não descortinou mas que os meios disponíveis pela “mesa” permitiram
notar.
E a decisão foi tomada sem as reservas que
qualquer dúvida poderia criar. Simplesmente!
Se há regras e são para cumprir, é natural
que se adoptem os meios possíveis e mais credíveis para controlar o seu
cumprimento. E há já diversos desportos profissionalizados em que tal acontece
com a utilização de tecnologias adequadas.
Infelizmente, o futebol resiste
estoicamente à sua adopção para o que haverá, sem dúvida, uma forte razão.
Por exemplo, se as “novas tecnologias”
tivessem sido adoptadas, como teria continuado o Schalk 04 numa prova em que um
dos juízes da partida resolveu castigar o Sporting com uma grande penalidade
que não existiu, assim o desqualificando?
Se houvesse um meio irrefutável de não
esconder as trapacices que podem ser feitas à conta da inimputabilidade dos árbitros,
como teria sido validado o primeiro golo do CSKA marcado com a mão e se teria a
quase impossível certeza que apenas o árbitro teve, de a bola ter ultrapassado ligeiramente
os limites da área de jogo depois de marcado um canto, levando a anular o golo
que daria a vitória ao Sporting?
Creio que a razão é muito simples e se
prende com o poder, por certo rentável, que os árbitros não querem perder
porque lhes permite tomar decisões que ninguém, nem a verdade, pode desfazer.
A não ser assim que outra razão poderá haver para preferir a dúvida ou a mentira à verdade?
Sem comentários:
Enviar um comentário