ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 25 de agosto de 2015

A TEORIA DO CAOS


Tenho poucas dúvidas, se algumas, de que estamos a viver tempos de profunda mudança.
É impossível não reparar na instabilidade própria das situações limites que antecedem a derrocada inevitável do que já não é sustentável, pois é essa a situação que vivemos ao longo dos últimos anos.
A persistência no erro prolonga o sofrimento e atrasa o refazer da vida se for nossa intenção continuá-la.
A “Segunda-Feira negra” que, a partir da China, pintou de vermelho todas as “bolsas” do mundo, é o sinal mais óbvio da elevada tensão que, a qualquer instante, pode fazer rebentar a bolha da grande ilusão que é a de sermos capazes de ultrapassar limites intransponíveis e sairmos vencedores da batalha que resolvemos travar contra a Natureza, porventura no convencimento bíblico de que David sempre vence Golias!
Na que, em breve, seria a maior economia do mundo, o céu parece estar a cair, arrastando consigo os outros céus.
É curioso notar que na explicação mais popularizada da “teoria do caos” se diz que “se uma borboleta bater as asas em Pequim, acabará por desencadear uma tempestade em Nova Iorque”. Porque foi o que sucedeu quando, após o afundamento da bolsa de Xangai, apesar dos desmedidos esforços do governo chinês para a evitar, Wall Street sentiu a dureza da queda desamparada que os seus malabaristas financeiros não conseguiram, de todo, evitar.
Parece tudo estar a voltar a 2008 para recomeçar a batalha inglória de tentar vencer a crise financeira que veio para ficar e me parecer ser a “manobra de diversão” que nos distrai de outras crises bem mais perigosas a que não prestamos a devida atenção.
Valerá a pena manter a ilusão de acreditar numa economia cansada de tanto esforço para não cair porque é cada vez mais difícil manter a atitude de usar e deitar fora que a alimenta mas que a realidade, cada vez melhor conhecida, revela ser impossível?


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