A NOTÍCIA: “Maria João diz que não estava desempregada e que não disse
o que está no outdoor. Mais, acrescenta que quando tirou a fotografia…prestava
até serviços à Junta de Freguesia de Arroios (socialista)”
Ao um primeiro cartaz, nada feliz, que se prestou a críticas pouco lisonjeiras, desagradáveis até, outro se seguiu, porventura menos feliz ainda. Um autêntico tiro no pé que recorda as dores provocadas pelos disparates de um governo megalómano e sem o correcto sentido dos problemas sociais que, prioritariamente, seriam de resolver.
Ao um primeiro cartaz, nada feliz, que se prestou a críticas pouco lisonjeiras, desagradáveis até, outro se seguiu, porventura menos feliz ainda. Um autêntico tiro no pé que recorda as dores provocadas pelos disparates de um governo megalómano e sem o correcto sentido dos problemas sociais que, prioritariamente, seriam de resolver.
Procuram-se culpados que ninguém assume ser
porque, naturalmente, ninguém poderá sentir-se bem com as críticas feitas a um trabalho
sem ponta por onde se possa pegar.
Num país de grandes artistas no domínio da
publicidade, não seria de esperar que falhanços sucessivos e de tamanha
dimensão acontecessem, o que aguça a curiosidade de procurar a sua verdadeira
razão de ser.
E teremos de começar por questionar o que
fará ser tão má esta publicidade ou, dito de um modo decerto melhor, se será
possível, mesmo com a melhor arte, tornar apetecível um produto sem qualidade
ou tirar de um vazio de ideias alguma mensagem à qual valha a pena prestar
atenção.
O primeiro cartaz pretendia, pelos vistos,
chamar a atenção para a revelação que António Costa seria. Mas apenas revelou um
vazio que nada mais do que isso pode significar e, por isso, se prestou ao que
a imaginação de cada um nele julgou encontrar.
O vazio das ideias e dos procedimentos
concretos que simples e vagos propósitos de “por fim à austeridade” não permitem,
seja a publicidade a melhor, fazer esquecer o que a realidade já tão
definitivamente provou. A escassez é uma realidade que só muito trabalho pode
atenuar.
Os tempos das conquistas já lá vão e será
bom que não volte o que nos fez julgar donos de uma riqueza que não tínhamos e
que só com muito trabalho poderemos ter.
Foram bem claras as provas dos maus
resultados do voluntarismo aventureiro que, em vez de bem, tanto mal faz.
O segundo cartaz teve o “mérito” de
recordar o que António Costa mais tem necessidade de fazer esquecer, um passado
um pouco mais distante, do qual provêm os males que atribui ao governo que se
propõe substituir, mas que, afinal, são fruto do passado do qual fez parte,
também.
Mas os políticos, que sempre arranjam
maneira de dar o dito por não dito, decerto arranjarão outros cartazes que
colem por cima daqueles.
Mas o que nem a melhor publicidade consegue
é tornar bom um produto que o não é!
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