Quando o mundo vive problemas muito sérios
que podem por em causa a sobrevivência da própria Humanidade que habita este
planeta há muitos milhões de anos mas que, ao longo de pouco dos mais de dois
séculos de “revolução industrial”, delapidou os recursos naturais, degradou
profundamente o Ambiente de que necessita para viver e acelerou e as alterações
climáticas naturais de um modo que, quase por certo, lhe virá a criar condições
de vida muito difíceis de enfrentar, é necessário e urgente rever os
procedimentos de tomada das decisões políticas, porque são agora outras e bem
diferentes as razões para as tomar.
É um modo de viver comprometido pelos danos
profundos que causou e continua a causar, ultrapassando já os que sem más consequências,
porventura até irreversíveis, a Terra pode suportar.
Os políticos não conseguem já evitar reconhecer
esta verdade, mas não são capazes de a enfrentar com os procedimentos que a
realidade mostra indispensáveis para evitar males maiores.
E de “boas intenções” continua a encher-se
o inferno…
A capacidade do nosso planeta, baseada em
ciclos naturais de reposição e de regeneração de recursos, tem limites que a
observação científica verificou estarem ultrapassados pela intensidade do
consumo, de tal modo que a “produção anual” já mais não dá do que para meio
ano, a partir do que consumimos as reservas que, sem dúvida e pelo ritmo
crescente que as últimas décadas revelaram, rapidamente chegarão ao fim.
É a falência de um tipo de vida que, apesar
disso, continua a ser a ilusão que todos perseguem em migrações desesperadas
que parecem querer concentrar o mundo exactamente onde, apesar das aparências,
ele começa a morrer.
A visão curta da política, habituada a não
pensar o amanhã e incapaz de se dar conta das mudanças que acontecem, apesar de
a cada dia serem mais evidentes, cava cada vez mais fundo o buraco em que se
enterra e torna cada vez mais difícil a vida dos vindouros, até ao dia dos que
se aperceberão que, inevitavelmente, o fim da Humanidade é uma certeza.
Perdeu-nos a “razão da maioria” que
escolheu este caminho.
Poderá aliviar os nossos males a “maioria
da razão” que possa entender a necessidade de rigor de comportamentos onde outros direitos não
cabem para além dos que se conformem com o respeito pela
Natureza da qual somos, cada vez mais, uma parte insignificante.
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